Um levantamento feito pela Gazeta do Povo revelou que mais de 25 obras prometidas para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil ficaram pela metade ou nunca sairão do papel. Ex-ministro do Esporte entre 2011 e 2015 durante o governo Dilma (PT), Aldo Rebelo (MDB) responsabilizou as prefeituras e governos estaduais pelos atrasos, isentando o governo federal pela herança deixada pelo Mundial no Brasil.
Rebelo afirmou que a Copa do Mundo serviu como um acelerador de obras que já estavam nos planos de prefeituras e governos estaduais.
"As obras de infraestrutura já estavam planejadas, nada foi planejado para a Copa. Eram principalmente obras de mobilidade urbana já traçadas em todas as capitais, sedes do evento. A Copa do Mundo apenas teve a responsabilidade de acelerá-las, como reforma de aeroportos, obras viárias, VLTs e melhoria de portos", disse o ex-ministro em entrevista à Gazeta do Povo.
Na época, a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou as obras de mobilidade urbana seriam prioridades do governo federal. O trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro estava entre as principais obras prometidas até o início do torneio mundial, sendo um importante legado da Copa, que não saiu do papel.
Dilma prometeu a entrega do trem bala em um evento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. “Nosso projeto é que esteja integralmente pronto em 2014 ou pelo menos um trecho entre o Rio de Janeiro e São Paulo”, afirmou a ex-ministra em 2009, um ano antes de ser eleita presidente.
Em relação ao abandono e atraso de diversas obras, Rebelo responsabiliza gestões municipais e estaduais.
"Eles [prefeitos e governadores] pararam as obras, portanto, eles que precisam apresentar os esclarecimentos. Eles tinham como meta entregar essas obras para a Copa do Mundo, mas isso não estava entre as obrigações nem dos organizadores da Copa, nem da Fifa, nem da CBF, sequer do Ministério do Esporte. A nossa responsabilidade era principalmente nos estádios, mas as obras de infraestrutura e as obras viárias eram de responsabilidade das prefeituras”, respondeu Rebelo, atual secretário municipal do prefeito paulistano Ricardo Nunes (MDB), que disputa à reeleição em São Paulo neste ano com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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