O empresário Antônio Vinícius Gritzbach, que foi executado pelo PCC na última sexta (8) no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, levava uma mala com mais de R$ 1 milhão em joias e objetos de valor na hora do crime.
De acordo com informações apuradas pelo G1 e pelo UOL divulgadas neste domingo (10), o boletim de ocorrência aponta que 38 bens, pelo menos, estavam na bagagem do empresário, que retornava de uma viagem a Maceió. A Gazeta do Povo entrou em contato com a Polícia Civil de São Paulo e a Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-SP) e aguarda retorno.
As apurações apontam que Gritzbach levava itens como 11 anéis prateados com pedras preciosas, 6 pulseiras, 2 colares com pingentes, 9 pares de brincos também com pedras preciosas e um relógio Rolex. As joias tinham certificados de joalherias caras como Bulgari, Vivara, Cartier e Cristovam.
A apuração aponta, ainda, que Gritzbach transportava também um celular e um notebook da marca Apple, além de R$ 620 em espécie. Ele teria ido à capital alagoana para cobrar uma dívida de um conhecido.
O material foi apreendido e está em posse do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que conduz a investigação. No sábado (9), a Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o crime em conjunto com as autoridades paulistas.
O corpo de Gritzbach foi enterrado neste domingo (10) em um cemitério de São Paulo após ser baleado por 10 tiros de fuzil. A execução por quatro criminosos do PCC deixou ainda três feridos, sendo que um deles morreu no sábado (9) por não resistir aos ferimentos causados pelo armamento.
Vinícius Gritzbach estava jurado de morte pelo PCC por, no passado, ter mandado matar dois integrantes da facção. Posteriormente, firmou um acordo de delação premiada com as autoridades para revelar os mecanismos utilizados pela facção para lavar dinheiro do tráfico.
Ele foi executado quando saía da área de desembarque do aeroporto acompanhado de três policiais militares da ativa que faziam a segurança. No entanto, isso não foi suficiente para os integrantes do PCC o balearem utilizando um fuzil – foram pelo menos 10 tiros. Os agentes foram afastados das atividades até o fim das investigações.
Neste sábado (9), duas armas foram apreendidas pela polícia que podem ter sido utilizadas no crime: um fuzil e uma pistola encontrados próximo ao local em que o carro usado na fuga dos criminosos foi abandonado, a pouco mais de 7 quilômetros de distância do aeroporto na cidade de Guarulhos.
Nenhum dos criminosos foi preso, mas o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) prometeu uma investigação rigorosa.
“Todas as circunstâncias serão rigorosamente investigadas e todos os responsáveis serão severamente punidos. Reforço meu compromisso de seguir combatendo o crime organizado em São Paulo com firmeza e coragem”, disse.
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