O empresário Luciano Hang, que se destacou durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como um forte apoiador, estima que tenha sofrido um prejuízo em torno de R$ 30 milhões da sua rede varejista. A Havan, diz, teve pelo menos duas lojas afetadas pelas enchentes que ele classificou como um “tsunami, uma devastação”.
“Perdemos pouco perto de outras pessoas que perderam tudo. Uma loja não é o foco do nosso negócio. A gente reconstrói. Daqui a 60 dias, está tudo de pé. Vamos tentar fazer rápido para ser inspiração de que acreditamos no lugar, na cidade, no estado, e acreditamos que não vai mais acontecer outra coisa dessas”, disse Hang em entrevista à Folha de São Paulo publicada neste domingo (12).
Ele diz que as lojas afetadas ficam nas cidades de Lajeado (RS) e em Porto Alegre e que “ninguém vai ser deixado para trás”, em referência aos funcionários. “Como fizemos em outras lojas, a gente não vai despedir ninguém. Hoje, estamos pagando décimo terceiro, programa de participação de resultado, antecipando tudo para todas as cidades que foram atingidas”, completou.
Durante a eleição presidencial de 2022, Hang se posicionou fortemente a favor de Bolsonaro, mas diz que o momento não é para se fazer uma politização de quem está fazendo mais ou menos para socorrer o Rio Grande do Sul.
“Neste momento de caos, de catástrofe, temos que nos unir em prol do povo gaúcho e não polarizar. Eu tenho dito que o poder público está ajudando. O poder civil está ajudando, e todos ajudando pelo povo gaúcho. Neste momento, não devemos polarizar uma catástrofe como esta”, pontuou.
Ele ainda afirmou que vê o trabalho do Corpo de Bombeiros, da Brigada Militar, do Exército, da Marinha, da Aeronáutica,d a sociedade civil organizada, “todos ajudando”.
“Não é hora de dividirmos o povo brasileiro. Tem que unir para resolver esse problema. Não pode haver política numa coisa como essa. Quando eu falo em governo são os três: municipal, estadual e federal. Todos os órgãos. Todos estão querendo fazer o seu melhor”, frisou.
O boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgado na manhã deste domingo (12) aponta que 143 pessoas morreram e 806 estão feridas por causa das chuvas e das enchentes. Ao todo, 2,1 milhões de pessoas foram afetadas em 446 municípios.
As chuvas deixaram 618 mil pessoas fora de casa, sendo 81 mil em abrigos e 537 mil nas casas de amigos e parentes. Ainda há 125 desaparecidos. Segundo o órgão, 76,3 mil pessoas já foram resgatadas.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF