Força Nacional é convocada para ajudar na segurança do Rio Grande do Sul.| Foto: Tom Costa/MJSP
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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou nesta terça-feira (7) o reforço de 400 agentes da Força Nacional de Segurança Pública que serão enviados ao estado gaúcho. Cidades atingidas pelas enchentes têm registrado uma onda atípica de crimes nos últimos dias, incluindo roubos praticados de dentro de jet ski e voluntários armados indo ajudar a população.

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“Recebi a informação de que o nosso pedido pela Força Nacional de Segurança Pública para reforçar o policiamento foi atendido. A partir de amanhã, começa a chegada desse importante apoio, inicialmente com 100 homens e, em seguida, com mais 300. Obrigado ao Ministério da Justiça e a todos os estados que estão enviando efetivo neste momento”, afirmou Leite na rede social Instagram.

Em meio a saques e roubos, a Brigada Militar do Rio Grande do Sul efetuou 32 prisões nos últimos dias, durante operações deflagradas contra vandalismo, invasões e danos ao patrimônio. "Durante as ações, seis pessoas foram presas em Montenegro, quatro em Canoas, seis em São Leopoldo, seis em Novo Hamburgo, uma em Ivoti, duas em Bento Gonçalves e sete pessoas em Porto Alegre”, informou o órgão.

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Em uma reunião com secretários de estado nesta segunda-feira (6), o governador gaúcho tratou da segurança pública como uma das ações prioritárias. Ele pediu a intensificação de patrulhas nas regiões afetadas pelos alagamentos, cujos problemas se concentram em Porto Alegre e região metropolitana.

No município de Arroio do Meio, no Vale do Taquari, o prefeito Danilo Bruxel (PP) chegou a pedir reforço no patrulhamento à Força Tática da Brigada Militar do estado. Moradores e voluntários têm relatado ocorrências criminais desde a semana passada.

A situação se repete na capital gaúcha, onde estabelecimentos têm sido alvo de criminosos. A loja com produtos oficiais do Grêmio, no estádio do clube, foi saqueada no fim de semana. O local servia como abrigo a desalojados e ponto de doação.

O estado do Rio Grande do Sul conta com mais de 48 mil pessoas em abrigos públicos e quase 156 mil desalojados. São 361 feridos e 90 mortes provocadas após o evento climático extremo, além de quatro óbitos em investigação, de acordo com boletim mais recente divulgado pela Defesa Civil estadual nesta terça-feira (7).

Bombeiros, policiais e militares de outros estados chegam ao Rio Grande do Sul

Estados como Paraná, Minas Gerais e São Paulo também anunciaram o deslocamento de efetivo da Polícia Militar para o Rio Grande do Sul, de forma a contribuir no policiamento ostensivo, sob comando da corporação gaúcha, conforme as necessidades. Do Rio de Janeiro, partiram militares da Marinha.

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Um comitê de crise foi formado com representantes do Corpo de Bombeiros dos 10 estados que estão ajudando nas buscas por vítimas no Rio Grande do Sul. Nos próximos dias a expectativa do governo gaúcho é que o número de estados aumente. Cerca de 400 bombeiros de outras regiões estão no estado gaúcho auxiliando nas buscas.

“Saio otimista de uma importante reunião com os comandos dos Corpos de Bombeiros de 10 estados brasileiros. Tenho convicção de que sairemos maiores e mais fortes dessa tragédia. O apoio de cada um de vocês é fundamental aqui nas redes”, disse o governador do Rio Grande do Sul, após a reunião desta terça com o comitê de crise.

Equipes de Mato Grosso resgataram famílias ilhadas nos telhados de casas. Bombeiros paulistas utilizaram botes para resgatar uma idosa de 90 anos que estava em uma casa alagada na capital gaúcha. Militares baianos atuam em conjunto com as forças locais na região de Caxias do Sul, tentando localizar vítimas soterradas. Bombeiros do Espírito Santo estão com três estações móveis de tratamento de água, somando-se ao grupo do próprio Rio Grande do Sul que trabalha de forma incessante no atendimento à população afetada.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]