Projeto terá um investimento de R$ 800 milhões, segundo a Gasmig| Foto: Dirceu Aurélio/Governo de Minas Gerais
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Projeto aguardado pelo setor produtivo no estado de Minas Gerais, as obras do Gasoduto Centro-Oeste, que visam ampliar o Sistema de Distribuição de Gás Natural, tiveram início na segunda-feira (4) para atendimento dos municípios de Betim, Divinópolis, Igarapé, Itaúna, Juatuba, Mateus Leme, São Joaquim de Bicas e Sarzedo. A previsão é que a obra seja finalizada no começo de 2026.

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A obra, que tem orçamento de R$ 800 milhões com recursos próprios da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), foi lançada pelo governador Romeu Zema (Novo) e terá impacto na região que abriga um grande polo industrial, que não possui infraestrutura para distribuição de gás natural. Juntos, os oitos municípios correspondem a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do setor industrial mineiro e 7% do PIB total do estado.  

Com a ampliação do Sistema de Distribuição de Gás Natural da Gasmig, a expectativa é de geração de mais de 15 mil novos postos de trabalho diretos e 1 mil indiretos no estado.

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O projeto do Gasoduto Centro-Oeste irá permitir um acréscimo de 300 km de extensão em linhas dentro do sistema, um aumento de 23% da malha atual da companhia. O potencial do consumo é de cerca de 230 mil metros cúbicos por dia, com captação estimada em 1 mil novos clientes industriais e comerciais.

De acordo com o governo estadual, os gasodutos vão ser testados e gaseificados por etapas. Isso irá possibilitar que o começo dos atendimentos aos municípios aconteça antes da conclusão 100% das obras.

“Esses investimentos vão trazer uma energia mais limpa e mais barata para consumidores e indústrias da região. Além disso, o gasoduto vai aumentar muito o potencial de atração de investimentos, pois as indústrias, metalúrgicas, siderúrgicas que fazem uso de eletricidade poderão avaliar se vale a pena ou não usar o gás”, discursou o governador mineiro.

O diretor Industrial da empresa Ciafal (Comércio e Indústria de Artefatos de Ferro e Aço S.A.), Ricardo Bento, afirma que a rede de dutos írá contribuir para a competividade dos negócios. A empresa estima uma demanda de gás natural de 800 mil metros cúbicos por mês. 

“Hoje, dentro do meu custo variável, o gás é o (insumo) que tem o peso maior, cerca de 30% do custo total. Então, qualquer possibilidade que tiver de reduzir esse custo tem resultado operacional. Esperamos que o gás natural chegue em volumes consideráveis e com custo competitivo”, explica Bento.

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Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Fernando Passalio, a ampliação da rede ajudará no desenvolvimento local com repercussões na economia mineira. “De maneira estratégica, a Rede de Distribuição de Gás Natural já está concentrada em municípios que correspondem, atualmente, a mais de 50% da produção industrial de Minas Gerais. Esse também é o caso do projeto que está sendo desenvolvido no Centro-Oeste, região que abriga um importante polo industrial e arranjos produtivos de Minas”, comenta.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]