A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) cobrou uma explicação de órgãos ligados ao serviço público por transtornos causados pelo apagão cibernético global desta sexta (19), que afetou sistemas principalmente de bancos e companhias aéreas.
O ofício da secretaria foi enviado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) pedindo explicações sobre quais medidas estão sendo tomadas para minimizar os danos aos brasileiros.
“Pede-se que seja encaminhado à Senacon, informações sobre, em que medida, o referido apagão cibernético atingiu os consumidores no país e, sendo pertinente, quais ações adotadas para minimizar prejuízos”, disse a Senacon em nota. A secretaria é vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O apagão cibernético desta sexta (19) está relacionado a sistemas corporativos que utilizam o Windows, fornecidos pela CrowdStrike, uma empresa de segurança digital. A falha causou atrasos em voos e prejudicou serviços bancários e de comunicação globalmente.
No Brasil, alguns bancos e fintechs enfrentaram problemas em seus aplicativos durante a sexta-feira (19), como Bradesco, Neon e Pan. Companhias aéreas como a Azul e a Latam tiveram instabilidade ao longo do dia, e as operações no Porto de Paranaguá (PR) também foram afetadas.
Em outros países, o impacto foi ainda mais severo, como o cancelamento de centenas de voos das três maiores companhias aéreas dos Estados Unidos.
O problema foi desencadeado por uma atualização na ferramenta de cibersegurança Falcon, voltada para o sistema Windows, desenvolvida pela CrowdStrike. O programa atua como um antivírus para empresas.
A atualização problemática foi liberada de madrugada no Brasil, e a Microsoft estima que os sistemas foram impactados às 1h09, no horário de Brasília.
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