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Braskem deve criar reserva ambiental perpétua em área de risco
Braskem deve criar reserva ambiental perpétua em área de risco| Foto: Thiago Sampaio / Agência Alagoas

Após o rompimento de uma nova mina da Braskem em Maceió, neste domingo (10), o governo de Alagoas decidiu desapropriar a área de cinco bairros afetados pela mineração da empresa. O anúncio foi feito pelo governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), horas após o rompimento de parte da mina 18.

Com a desapropriação da área, que compreende aproximadamente 3km², o governo pretende transformar a região em um parque ambiental. "Nós determinamos a desapropriação daquela área que foi comprada pela Braskem para se tornar um grande parque estadual em respeito à memória de todos que moraram e têm histórias nesses bairros que foram perversamente atingidos pelo crime da Braskem", disse o governador alagoano em um vídeo publicado nas redes sociais.

O local abrange os bairros Mutange, Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro e parte do Farol que pertencem à Braskem. A área tinha sido repassada à empresa, após um acordo firmado com a Prefeitura de Maceió, em julho de 2021, prevendo uma indenização de R$ 1,7 bilhão ao município.

As minas da Braskem, criadas pela extração de sal-gema, estavam sendo fechadas desde 2019, após afundamento do solo e tremores. O caso veio à tona em 2018 quando um tremo de terra afetou bairros em Maceió. No sábado (9), a Defesa Civil informou que a velocidade do afundamento do solo na região da mina da Braskem havia voltado a subir.

O governador de Alagoas iria se reunir nesta segunda com o o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), mas a reunião foi adiada. Desde o início do rompimento do solo, em 29 de novembro, os adversários políticos ainda não se encontraram para discutir a crise da Braskem. O adiamento da reunião se deve a uma viagem do prefeito de Maceió para Brasília, onde pretende se reunir com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

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