Em Porto Alegre, a estrutura temporária terá 30 mil metros quadrados com cômodos privados| Foto: EFE/Isaac Fontana
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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou nesta sexta-feira (17) a criação de "cidades temporárias" para abrigar os desalojados da pior tragédia climática registrada na história do estado, que levou mais de 78 mil pessoas ao acolhimento em cerca de 700 abrigos gaúchos, a maior parte deles improvisados.

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Diante da precariedade das regiões devastadas, o retorno das vítimas às casas destruídas se tornou inviável em algumas cidades gaúchas. O estado tem 520 mil pessoas desalojadas e no total quase 2,3 milhões de gaúchos foram atingidos pelas enchentes em 461 municípios. São 154 mortes e 98 pessoas seguem desaparecidas.

Segundo Leite, as estruturas provisórias acolherão os atingidos em quatro municípios gaúchos que concentram 70% dos desalojados: Canoas, Porto Alegre, São Leopoldo e Guaíba. Nos abrigos dessas cidades também estão moradores de Eldorado do Sul, que teve 71% de sua área urbana inundada. O contrato da estrutura temporária tem validade de seis meses, com possibilidade de renovação pelo o mesmo período.

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“As estruturas serão montadas no Complexo Cultural do Porto Seco [30 mil metros quadrados] em Porto Alegre; no Centro Olímpico em Canoas [15 mil metros quadrados]; e no Centro de Eventos em São Leopoldo [3,4 mil metros quadrados]. Ainda não foi definido o espaço a ser utilizado em Guaíba. Esses abrigos temporários contarão com proteção térmica e, entre outros espaços, lavanderia, cozinha coletivas, brinquedoteca, banheiros, chuveiros e dormitórios com divisórias, garantindo o máximo de individualidade possível a cada família”, detalha o governo.

O estado justificou que os atuais abrigos não podem ser mantidos e precisam ser liberados para o retorno de suas atividades, como escolas e universidades. “São locais [os novos abrigos] mais adequados, porém provisórios, para que, durante algum tempo, as pessoas possam estar albergadas em locais com mais dignidade e conforto para si e para suas famílias”, afirmou o vice-governador Gabriel Souza. As famílias ficarão em cômodos individualizados, para garantir da privacidade.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

Uma empresa deve ser contratada na próxima semana para iniciar a adequação dos ambientes para liberação da área para os moradores temporários em até 20 dias após a chegada de todo o material para estruturação.

Além de "cidades temporárias", estado planeja moradias definitivas

O estado do Rio Grande do Sul também planeja a construção de casas definitivas para as vítimas do desastre natural que perderam a moradia. Parte delas deverá ser subsidiada com recursos públicos vindos da União. O projeto faz parte do Plano Rio Grande, que abrangerá as ações de reconstrução do Rio Grande do Sul.

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Durante o período de alojamento serão construídas casas para acomodação definitiva das famílias em modelos habitacionais com metragens de 53, 44 e 27 metros quadrados. O objetivo é que as residências fixas sejam entregues em prazos que podem variar de 90 a 120 dias.