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O resultado com os nomes de quem serão os conselheiros tutelares de Belo Horizonte pelos próximos quatro anos foi divulgado nesta quarta-feira (6).
O resultado com os nomes de quem serão os conselheiros tutelares de Belo Horizonte pelos próximos quatro anos foi divulgado nesta quarta-feira (6).| Foto: Rodrigo Clemente/Prefeitura de Belo Horizonte

A mobilização de grupos conservadores nas eleições do Conselho Tutelar, em Belo Horizonte (MG) surtiu resultados considerados significativos. Com base no resultado, divulgado nesta quarta-feira (6), levantamento dos grupos de representação conservadora feito a pedido da Gazeta do Povo aponta que, dos 54 eleitos, em torno de 30 são conservadores e cristãos.

As eleições para o Conselho Tutelar da capital mineira foram precedidas por confusão. Encerrado em todo o país, o processo continuou em Belo Horizonte depois que o resultado da primeira votação foi anulado, sob alegação de divergência no número de votos. A pedido da Defensoria Pública de Minas Gerais, que recebeu denúncias de lentidão, filas e interrupções no processo de votação, a prefeitura anunciou novas eleições, marcadas para o último dia 3.

Uma das fundadoras e coordenadores do grupo “Mães Direitas”, Claudia Diniz, afirmou que no dia da segunda votação os problemas não se repetiram: não houve filas significativas nem atrasos. “O processo de apuração foi eficiente e transparente. Todos ganhamos com essa decisão”, avalia.

Ela comentou que, desde o início da campanha, muitas mães ficaram preocupadas em conhecer os candidatos. “Graças a Deus e a um trabalho incansável de pais da nossa cidade foi possível identificarmos bons nomes em todas as regionais e obtivemos uma vitória significativa - histórica até - em todas elas”, destaca Claudia.

Ela disse que vai acompanhar o trabalho dos conselheiros eleitos para se certificar que crianças e adolescentes estarão protegidos. “Da eleição ocorrida em outubro - e que foi anulada - para essa do último domingo, percebemos uma performance ainda melhor dos candidatos alinhados com nossos valores. Isso demonstra que nada impedirá as famílias conservadoras de BH de seguirem participando e ocupando importantes espaços no nosso município”.

Eleição anulada serviu como nova motivação para grupos conservadores em BH

Luciana Haas, presidente da Associação Guardiões da Infância e da Juventude de Belo Horizonte, afirmou que é difícil saber o número exato de conservadores e cristãos eleitos na eleição do Conselho Tutelar de Belo Horizonte. Numa avaliação geral, segundo ela, esse número gira em torno de 30 do total de 54 eleitos. “Fazemos um balanço muito positivo em relação ao resultado das eleições em BH. Houve o cancelamento da eleição de outubro, o que poderia ter gerado nos conservadores um desânimo. No entanto, o que percebemos é que foi o contrário”, relata.

“Pelo que vimos, muitos foram os candidatos apoiados por eles que venceram a disputa e estarão nos próximos anos zelando pelo melhor interesse daqueles que são os mais vulneráveis e que precisam estar a salvo de investidas malignas”, complementa Luciana.

A presidente da Associação Guardiões da Infância e da Juventude de BH explica que a organização trabalhou para conscientizar sobre o funcionamento e a relevância do trabalho no Conselho Tutelar. “Nos últimos meses nos esforçamos para conscientizar a população sobre a necessidade de conhecer quem irá, nos próximos quatro anos, zelar pelos direitos das crianças, dos adolescentes e das famílias”.

A associação mobilizou cidadãos para irem às urnas e votarem pelos candidatos alinhados com os valores e princípios que acreditam. “Enquanto associação, os Guardiões não indicaram nomes, apenas demos liberdade a seus membros e apoiadores para fazer indicações”.

Segundo Luciana, a maior preocupação com a eleição do conselho é com a proteção das crianças e dos adolescentes. “O que não podemos permitir é que pessoas mal-intencionadas utilizem esse espaço, conselho tutelar, para aplicação de ideologias que fazem das crianças cobaias de experimentos sociais e tiram das famílias o seu direito, garantido por lei, de que os filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas convicções”, destaca.

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