Autoridades do governo de São Paulo confirmaram o reconhecimento das 62 vítimas do voo 2283 da Voepass.| Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

Foi encerrada na noite desta quarta-feira (14) a identificação das 62 vítimas da queda do avião da Voepass ocorrido na última sexta-feira (9). Não houve a necessidade de exames de DNA, o que poderia levar até 30 dias para a identificação dos corpos. A aeronave, com 58 passageiros e 4 tripulantes, saiu de Cascavel (PR) com destino ao aeroporto internacional de Guarulhos (SP) e sobre um condomínio residencial em Vinhedo (SP).

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O avião pegou fogo após se chocar com o solo. Não houve sobreviventes. As causas do acidente são investigadas e um relatório preliminar deve ser divulgado em cerca de 30 dias pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

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Em uma entrevista coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira (15), o superintendente da Polícia Técnico-Científica do estado de São Paulo, Claudinei Salomão, disse que 42 corpos haviam sido liberados aos familiares. As famílias haviam sido comunicadas da liberação ainda na noite de quarta. As outras 20 vítimas fatais necessitavam de ajustes documentais para a liberação.

Todo o trabalho para identificação das vítimas que estavam no avião ocorreu no IML Central de São Paulo, distante cerca de 80 quilômetros do local do acidente. “Cerca de 40 profissionais entre médicos e equipes de odontologia legal, antropologia e radiologia trabalharam de forma exclusiva. Nesse período, os profissionais contaram com documentações médicas, além da coleta de materiais biológicos das famílias para a realização de exames genéticos”, explicou.

Para o reconhecimento, foram utilizados comparativos com impressões digitais na maioria dos corpos. “Além disso, houve necessidade de analisar o histórico odontológico de algumas vítimas, que foi fornecido pelas famílias”, completou.

De acordo com o superintendente, a identificação prescindiu do exame complementar de DNA “porque essa expertise propiciou que os dados de encontro pericial nos corpos fossem objetivamente comparados com os dados preexistentes, sejam planilhas datiloscópicas ou imagens radiológicas prévias que essas vítimas possuíam”.

Das 62 vítimas que estavam no avião da Voepass, 40 puderem ser reconhecidas por exames de papiloscopia, com impressões digitais e comparação de material genético. Sete foram identificadas com o auxílio da papiloscopia somadas às características próprias das vítimas e outras 15 pelas características fenotípicas, como altura, peso e marcas cirurgias.

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Mais da metade dos ocupantes da aeronave vivia no Paraná. Ao menos 20 vítimas haviam sido enterradas até a manhã desta quinta-feira. Também foram entregues os restos mortais de um cão que estava na aeronave, em companhia de uma família que retornava à Venezuela.