Agentes da BEA auxiliarão o Cenipa na investigação das causas da queda do voo da VoePass na sexta (9).| Foto: Isaac Fontana/EFE
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Dois agentes da BEA, a agência francesa de investigação de acidentes aéreos, chegaram a Vinhedo (SP) na manhã deste domingo (11) para participar das investigações que apuram as causas da queda do voo da VoePass na última sexta (9), que vitimou 62 pessoas.

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Os agentes vieram de Paris para analisar os destroços do avião e colaborar com os trabalhos do Centro De Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), já que a aeronave foi fabricada na França pela companhia ATR.

A própria fabricante também já enviou representantes para participarem da investigação, que deve contar também com a companhia canadense responsável pela produção dos dois motores da aeronave.

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Os destroços do avião começam a ser retirados neste domingo (11), com a identificação detalhada de cada peça, e serão encaminhados para a sede do Cenipa em Brasília. O corpo de bombeiros informou, no sábado (10), que a aeronave foi encontrada como um plano no chão do condomínio.

“Para quem viu imagens aéreas, o avião caiu como se estivesse chapado no chão. A gente está com o desenho da aeronave no chão”, disse o capitão Michael Cristo, porta-voz do corpo de bombeiros.

Todos os 62 corpos dos ocupantes foram retirados do avião no começo da noite de sábado (10) e levados para o Instituto Médico Legal central da capital paulista. Apenas dois já foram identificados, e os demais estão sendo analisados com informações prestadas por familiares e o auxílio de exames radiológicos e odontológicos.

Dos 62 corpos, 34 são masculinos e 28 femininos, entre eles os dois pilotos e as duas comissárias de bordo.

"Todos os corpos estão como estivessem sentados em seus respectivos assentos. Lógico que tem a dinâmica da queda, do movimento quando bate no solo, mas as vítimas estão dentro da aeronave", completou Cristo.

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Também no sábado (10), o Comando da Aeronáutica informou que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), já abriu e começou a analisar os dados das duas caixas-pretas resgatadas do avião no local do acidente. A expectativa é de que um relatório preliminar seja divulgado em até 30 dias.

O avião era um ATR 72-500 que saiu de Cascavel às 11h58, com 18 minutos de atraso. O plano do voo, de cerca de 2 horas, se encerraria no aeroporto de Guarulhos. Informações preliminares dão conta de que às 13h21 o piloto parou de responder à torre de controle de tráfego aéreo. Um minuto depois a aeronave deixou de ser contactada pelo radar.

O avião estava a uma velocidade de apenas 48 km por hora em relação ao solo e caindo a uma taxa de quase quatro quilômetros por minuto. A queda ocorreu a 14 quilômetros do aeroporto internacional de Campinas (SP).

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]