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Após a agressão, o jornalista Godofredo Brito abriu uma live direto da delegacia e disse ter sido vítima de uma tentativa de homicídio.
Após a agressão, o jornalista Godofredo Brito abriu uma live direto da delegacia e disse ter sido vítima de uma tentativa de homicídio.| Foto: Reprodução redes sociais

Após sofrer um atentado a faca por parte do vereador de Cocal (PI), Antônio Carlos Camelo (Carlão do PT), o jornalista Godofredo Brito entrou na Justiça com um pedido de indenização por danos morais no valor de R$ 52,8 mil.

O jornalista foi atacado pelo vereador no mês passado quando tentava gravar uma matéria sobre irregularidades em uma obra.

Como noticiado pela Gazeta do Povo à época, o vereador partiu para cima do jornalista com uma faca em punho logo que Godofredo chegou no local da obra, no bairro Campestre de Baixo. De acordo com o jornalista, o vereador está envolvido com a execução da obra.

Após a agressão, o jornalista abriu uma live direto da delegacia e disse que foi vítima de uma tentativa de homicídio. Com as roupas e o rosto manchados de sangue, Godofredo disse ter sido surpreendido pela ação do vereador.

Procurado pela Gazeta do Povo, nesta quinta-feira (23), o jornalista Godofredo Brito disse que Carlão ainda tentou tomar o celular em que foram registradas as cenas da agessão e reclamou da falta de agilidade da polícia para capturar o vereador após a denúncia. Carlão segue em liberdade.

“Ele perfurou a porta do meu carro com a faca, cortou o meu supercílio… Foi muito grave. Dinheiro algum pagaria minha vida, dinheiro algum vai apagar a pressão psicológica da minha família. Então, diante disso, a gente tentou o mínimo possível através de um pedido de indenização”, contou o jornalista.

Brito também disse que já foi vítima de outros três atentados realizados, segundo o jornalista, “pelo mesmo grupo político”.

“Eu exerço atividade jornalística investigativa nas redes sociais mostrando as coisas erradas da administração pública da minha cidade”, disse Godofredo ao lembrar que no dia das agressões, o vereador foi “flagrado” abastecendo a obra de cimento. “Já que ele (Carlão) é um vereador, ele não poderia fazer isso. Era para ele estar lá fiscalizando a obra”, concluiu.

Na ação indenizatória, o advogado William Faintych afirma que o ataque sofrido pelo jornalista também pode ser classificado como “crime político”, já que Brito tem posicionamento político com viés de direita e o vereador Carlão é membro do PT.

“É imperioso destacar que nunca houve qualquer ato de animosidade praticado pelo requerente, Godofredo Cardoso de Brito, em face do requerido, Antônio Carlos Camelo de Pinho. Desta forma, é nítido que tal agressão foi totalmente injusta sem qualquer motivo lógico e racional”, diz um trecho da ação.

A Gazeta do Povo não conseguiu localizar o vereador para ouvi-lo sobre o caso. A reportagem também entrou em contato com a Câmara Municipal de Cocal para saber se há algum tipo de medida administrativa em curso contra o vereador, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O jornal permanece aberto para quaisquer esclarecimentos do vereador e da Câmara sobre o caso.

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