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Tiroteio em Guarulhos
Os tiros de fuzil que mataram o empresário no Aeroporto de Guarulhos partiram de um Gol preto, que foi encontrado em uma região próxima| Foto: Reprodução/G1

O motorista Celso Araujo de Novais morreu neste sábado (9) vítima dos ferimentos causados pelo tiroteio no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos que matou um empresário jurado de morte pelo PCC, na sexta (8). Ele estava internado na UTI do Hospital Geral de Guarulhos (SP) e não resistiu ao tiro de fuzil que levou nas costas.

De acordo com as autoridades, ele deixa três filhos. Além Novais, um funcionário terceirizado do aeroporto segue hospitalizado em observação, e uma terceira vítima, uma mulher de 28 anos, já recebeu alta.

O tiroteio da última sexta (8) foi causado por quatro homens encapuzados que executaram o empresário Antônio Vinícius Gritzbach que, no passado, mandou matar dois integrantes do PCC. Posteriormente, firmou um acordo de delação premiada com as autoridades para revelar os mecanismos utilizados pela facção para lavar dinheiro do tráfico.

Ele foi executado quando saía da área de desembarque do aeroporto acompanhado de três policiais militares da ativa que faziam a segurança. No entanto, isso não foi suficiente para os integrantes do PCC o balearem utilizando um fuzil – foram pelo menos 10 tiros. Os agentes foram afastados das atividades até o fim das investigações.

Neste sábado (9), duas armas foram apreendidas pela polícia que podem ter sido utilizadas no crime: um fuzil e uma pistola encontrados próximo ao local em que o carro usado na fuga dos criminosos foi abandonado, a pouco mais de 7 quilômetros de distância do aeroporto na cidade de Guarulhos.

Nenhum dos criminosos foi preso, mas o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) prometeu uma investigação rigorosa.

“Todas as circunstâncias serão rigorosamente investigadas e todos os responsáveis serão severamente punidos. Reforço meu compromisso de seguir combatendo o crime organizado em São Paulo com firmeza e coragem”, disse.

Já o secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, não se pronunciou sobre a execução em si, apenas repostou nas redes sociais a mensagem de Freitas. Na noite de sábado (9), ele comentou sobre a apreensão das armas.

“A Polícia Militar acaba de localizar as armas e carregadores utilizados no crime realizado ontem no aeroporto de Guarulhos. Não vamos permitir que situações como essa fiquem impunes no Estado de São Paulo”, afirmou.

Além do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, o crime também será investigado pela Polícia Federal a pedido de integrantes do Governo Federal e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A avaliação é a de que o suposto envolvimento de facções criminosas, bem como de agentes públicos, demanda uma investigação federal sobre o tema.

Também contou como agravante da decisão o fato do assassinato ter ocorrido no maior aeroporto do país.

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