O Ministério Público Federal (MPF) denunciou três policiais rodoviários federais pela morte de Heloisa dos Santos Silva, uma criança de 3 anos de idade, no último dia 16 de setembro no Rio de Janeiro. Segundo a promotoria, os agentes dispararam contra o carro da família.
A denúncia envolve os policiais Fabiano Menacho Ferreira, Matheus Domicioli Soares Viégas Pinheiro e Wesley Santos da Silva e pede que eles respondam por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e fraude processual. O MPF enfatiza que, devido ao caráter do crime, o caso deve ser julgado por júri popular.
A denúncia foi oferecida pelo MPF na última segunda (6). À Gazeta do Povo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que não vai se pronunciar sobre o requerimento contra os três agentes "tendo em vista que [os processos] dizem respeito à defesa dos policiais e não da instituição".
O procurador da República, Eduardo Benones, afirma que o pai de Heloísa, Willian de Souza, tentou parar o veículo que conduzia ao perceber que era seguido por uma viatura policial. No entanto, os disparos teriam começado antes mesmo de estacionar o carro, com armas de grosso calibre e longo alcance.
A denúncia destaca que não houve qualquer abordagem aos ocupantes do veículo, e testemunhas relataram que não houve comunicação entre eles e os policiais.
“Na realidade, não é minimante crível que, ao cravejar com tiros de 5.56 um veículo tripulado e com carroceria comum, a poucos metros de distância, houvesse outra intenção senão a de matar”, pontua o documento.
A denúncia argumenta que os três policiais devem ser responsabilizados, mesmo que não tenham todos efetuado os disparos. Os policiais usaram a justificativa de que estavam perseguindo um veículo roubado, mas a alegação foi contestada pelo proprietário do carro e pelo pai de Heloisa.
“Ainda que houvesse criminosos condenados no carro, isto não autorizaria que os policiais comutassem a sentença condenatória para pena de morte e ali mesmo se convertessem em Tribunal e executores”, diz o procurador na denúncia.
O MPF solicitou uma pena máxima de 58 anos de prisão para os policiais e uma indenização de R$ 1,3 milhão à família da vítima, e reiterou o pedido de prisão preventiva dos agentes, alegando que existe um risco concreto de que possam interferir na instrução da ação penal.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião