
A Polícia Federal deflagrou duas operações simultâneas nesta terça (18) para desarticular esquemas criminosos que causaram prejuízos milionários à Caixa Econômica Federal em três estados e no Distrito Federal.
De acordo com as investigações que levaram à Operação Biometrics, em São Paulo e no Ceará, os prejuízos ao banco estatal em torno de R$ 2 milhões, em meio a uma movimentação suspeita que pode chegar a R$ 42 milhões. Foram cumpridos 16 mandados de prisão preventiva e 34 de busca e apreensão.
“A investigação teve início em junho de 2024, quando foi constatada a abertura de contas corrente de empresas, para obtenção de empréstimos fraudulentos, por meio do uso de identidade falsificadas”, disse a PF em nota.
Segundo a PF, os envolvidos são investigados pelos crimes de organização criminosa, falsificação de documento público, falsidade ideológica e estelionato.
Paralelamente, a Operação Falsa Ajuda foi deflagrada em Goiás, Distrito Federal e Ceará para combater golpes de troca de cartões bancários. Os criminosos simulavam ajudar clientes da Caixa após o uso de caixas eletrônicos, convencendo-os a trocar as senhas.
Durante a abordagem, os golpistas substituíam os cartões e obtinham acesso às senhas. “Em seguida, o criminoso se dirigia à outra agência da Caixa e, com o cartão da vítima e a nova senha em mãos, realizava saques, transferências e compras fictícias em máquinas de cartão que já estavam em posse do grupo criminoso”, emendou a autoridade.
A ação da PF resultou no cumprimento de nove mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva. Pelo menos dez clientes foram lesados entre novembro de 2024 e janeiro de 2025.
As investigações tiveram o apoio da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da Caixa, da Polícia Militar de Goiás e das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado nos três estados. A Força-Tarefa PF/CAIXA em São Paulo também atua na proteção do patrimônio do banco público federal e do sistema financeiro nacional.