A Polícia Federal deflagrou cinco operações simultâneas nesta quarta (8) contra uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos destinados ao enfrentamento à Covid-19 no estado de Sergipe em 2020.
Ao todo, as ações cumprem 33 mandados de busca e apreensão, três de suspensão da função pública contra servidores e sequestro de bens e valores em 13 cidades do estado e também em Alagoas e Bahia.
De acordo com a corporação, as operações são desdobramentos de uma investigação iniciada em 2020, conhecida como Operação Palude, que tinha o objetivo de apurar o desvio de recursos públicos destinados ao enfrentamento da Covid-19 em Pacatuba (SE). As investigações confirmaram suspeitas de irregularidades na contratação e execução de serviços e na destinação de recursos, totalizando mais de R$ 1 milhão.
Durante a investigação, a Polícia Federal descobriu que a organização atua há mais de uma década em estados do Nordeste, como Sergipe, Alagoas, Bahia e Rio Grande do Norte. Alguns dos envolvidos estabeleceram relações ilícitas com agentes públicos com o objetivo de desviar recursos.
A operação desta quarta (8) envolve 130 policiais federais e auditores da Controladoria-Geral da União (CGU). Segundo a PF, montantes em dinheiro já foram apreendidos durante as ações.
Operações miram bens e fraudes a licitações
Entre as ações, a terceira fase da Operação Palude apura a ocultação de patrimônio como bens móveis e imóveis avaliados em cerca de R$ 45 milhões, entre eles 17 imóveis rurais. As análises iniciais, diz a PF, revelaram movimentações bancárias suspeitas de mais de R$ 860 milhões em apenas dois anos e dez meses.
Já a Operação Poço 17 apura possíveis crimes de fraude a licitações, desvio de recursos públicos e organização criminosa em conluio com agentes públicos do município de São Domingos (SE). As fraudes estão relacionadas a um contrato para o fornecimento de veículos à prefeitura, com suspeita de não prestação dos serviços contratados, totalizando mais de R$ 2,4 milhões.
Outra possível fraude a licitações foi descoberta em Piaçabuçu (AL), em que a Operação Palmeiras apura irregularidades em contratos no valor aproximado de R$ 5 milhões.
Já na Operação Imperdiet, a PF apura possíveis crimes contra o sistema financeiro nacional de mais de R$ 1 milhão. E a Operação Detour investiga crimes de agiotagem, com contratações informais destinadas ao custeio da organização criminosa.
Os envolvidos podem responder a crimes como corrupção passiva e ativa, peculato, dispensa indevida de licitação, fraude à licitação, organização criminosa, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro nacional, entre outros.
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