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PF prende militar suspeito de operar drone para o tráfico no Rio
A PF informou também que o Comando Vermelho, maior facção do Rio, usou drones para monitorar as ações policiais.| Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil.

A Polícia Federal prendeu, nesta segunda-feira (16), um militar da Marinha suspeito de operar drones lança-granadas para o Comando Vermelho (CV), maior facção criminosa do Rio de Janeiro. A ação faz parte da Operação Buzz Bomb realizada nesta manhã com apoio da Marinha.

O militar, que não teve a identidade revelada, foi alvo de prisão preventiva no posto de trabalho, na capital fluminense, informou a Agência Brasil. A corporação ainda tenta cumprir um segundo mandado de prisão e três de busca e apreensão.

O outro alvo do mandado de prisão é um dos chefes do CV que estava no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio. Os policiais federais foram recebidos a tiros ao chegar no local. Quatro moradores foram atingidos por estilhaços de disparos feitos pelos criminosos, a princípio sem gravidade.

“Para evitar um confronto armado de maiores proporções e preservar a população local, a equipe da deflagração optou por não prosseguir com a ação”, disse a PF.

Em nota, a PF informou que objetivo da operação é coibir o uso de aeronaves remotamente pilotadas por organização criminosa do Rio contra forças de segurança, facções rivais e milicianos.

As ordens judiciais foram expedidas 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do TJ-RJ. As investigações tiveram início após um ataque de traficantes do CV contra milicianos no dia 15 de fevereiro deste ano.

Na ocasião, a facção usou drones equipados com dispositivos para o lançamento de artefatos explosivos, na comunidade de Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio. “No curso das apurações, a PF identificou o responsável por operar a aeronave, que foi utilizada no ataque ocorrido em 15 de fevereiro de 2024”, disse a PF.

Além disso, os drones foram usados pela facção criminosa para monitorar as ações policiais realizadas no Complexo da Penha, bem como em outras áreas dominadas pelo CV.

Os alvos dos mandados de prisão preventiva, que já foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MP-RJ), poderão responder pelos crimes de organização criminosa e posse de material explosivo.

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