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Polarizada e impactada pelo maior escândalo de corrupção: começa a corrida eleitoral para 2024 em SC
| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A um ano da eleição de 2024, marcada para 6 de outubro, as articulações políticas para definir candidatos às 295 prefeituras de Santa Catarina já estão intensas. Nos bastidores, há muita negociação em troca de apoio político e suspense por parte de alguns partidos. Mais uma vez, a disputa deve ser polarizada entre as siglas de direita e esquerda, com foco na pauta de costumes, sustentabilidade e segurança pública. O cenário específico para o próximo pleito no estado sulista, que deixa a movimentação eleitoral incerta em muitas cidades, paira sobre os reflexos da Operação Mensageiro, que investiga aquele que é considerado o maior escândalo de corrupção em Santa Catarina e que levou 16 prefeitos à prisão.

A corrida eleitoral se fortaleceu nas últimas semanas com anúncios de pré-candidatos. Em Florianópolis, o PSD confirmou que o prefeito Topazio Neto concorrerá à reeleição. O PT deve ter como pré-candidato o vereador Vanderlei Faria, conhecido Lela. Já o PSOL anunciou a pré-candidatura do deputado estadual Marcos José de Abreu, o Marquito. Nos bastidores se fala na possibilidade de Pedro Silvestre (PP), o Pedrão, formar chapa com Dário Berger (PSB) de vice.

Em Joinville, o atual prefeito, Adriano Silva (Novo), concorrerá à reeleição, e o PL anunciou a pré-candidatura de Sargento Lima. O Podemos terá como postulante ao cargo o deputado federal Rodrigo Coelho.

Em Blumenau, a vice-prefeita Maria Regina Soar é a candidata do PSDB; o promotor de Justiça Odair Tramontin vem pelo Novo; e a secretária-adjunta da Educação de Santa Catarina, Patrícia Lueders, é pré-candidata do PL para a eleição de 2024. O PT tem como postulante ao Executivo a deputada federal Ana Paula Lima. Há partidos que preferem não revelar os nomes mais cotados para as eleições, como é o caso do PSDB, em Joinville, e do Podemos, em Florianópolis. (Abaixo, veja as articulações dos partidos nas principais cidades catarinenses.)

Com as candidaturas encaminhadas, as siglas buscam apoios de outros partidos para formar coligações e ganhar corpo. A maioria não esconde que o principal foco da eleição em 2024 é comandar os maiores colégios eleitorais de Santa Catarina, com destaque para Joinville, Florianópolis e Blumenau. E para isso é preciso apoio. O entendimento é de que a conquista das maiores cidades gera ganho político para 2026, quando serão eleitos presidente, governadores, deputados federais e estaduais e senadores. Assim, o pleito do ano que vem é visto como estratégico pelos partidos para, na sequência, alçar voos mais altos na política.

A tendência é que, com as coligações, se tenha menor número de candidaturas, reforçando o viés ideológico das chapas, que podem ter combinações diferentes dependendo da cidade, mas com PSOL, PT e PDT num extremo, e PL, União Brasil, Novo, PP, Republicanos como representantes da direita. “A polarização deve permanecer, já que a sociedade segue polarizada. Mas aquilo de chapa puro sangue tende a diminuir e, nesse sentido, pode levar a uma redução de candidaturas”, explica o professor de Relações Internacionais, Direito e Comércio Exterior da Univali Daniel da Cunda Corrêa.

Essa polarização tem diferentes movimentos. Para o mestre em Sociologia Política e professor da Univali Eduardo Guerini, candidatos vinculados ao governador Jorginho Mello (PL) tentarão alavancar seus nomes usando a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível por oito anos. Segundo Corrêa, Jorginho tem ido às principais cidades do estado, como Chapecó, Lages, Criciúma, Blumenau e Joinville, além de Florianópolis, para fortalecer candidatos próprios ou endossar candidaturas de outros partidos. Na capital catarinense, por exemplo, o PL articula a indicação de vice de Topazio Neto (PSD), vaga que também interessa ao União Brasil, que diz ter acordo com o PSD para formar a chapa com o atual prefeito. Essas ações de Jorginho são vistas por Guerini com “o objetivo de ganhar força política em seu projeto de reeleição” em 2026.

Outro aceno que expõe a polarização vem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mesmo não jogando peso na eleição de 2024 em Santa Catarina, o governo federal faz movimentações “em atacado”, como classifica o professor Daniel Corrêa, com a liberação de emendas parlamentares que fortalecem os deputados federais que têm base eleitoral no interior dos estados.

Esses recursos, que são usados para conseguir apoio em votações no Congresso Nacional, têm ajudado na expansão de obras em SC. Além disso, o governo federal anunciou R$ 1,3 bilhão para rodovias federais, como a BR-470, no Vale do Itajaí, e a BR-280, no Norte do estado. O valor é cinco vezes maior do que o aplicado no ano passado.

Outra sinalização de Lula a Santa Catarina é a entrega da presidência do Sebrae para Décio Lima (PT), que ficou em segundo lugar na disputa pelo governo do estado em 2022. No entanto, Guerini avalia que a esquerda em SC não tem conseguido repercutir “as boas notícias do governo federal”, como o aumento real do salário mínimo e a queda do desemprego, o que ajudaria a formar oposição unificada contra o governo estadual e também conquistar simpatia de parte da população, para aumentar as chances eleitorais.

Além disso, as características das eleições municipais esbarram nos problemas das cidades e tendem a ser descoladas de aspectos nacionais. Por isso, a polarização não deve ser focada apenas em Bolsonaro e Lula. Ela deve refletir também na pauta de costumes, como a educação sexual em escolas, aborto e distribuição de cannabis para tratamento tido como medicinal. Esses temas já dominaram a atual legislatura de muitas câmaras municipais e devem seguir em discussão pelos vereadores nos próximos anos. “A pauta de costume vai ser base também para uma narrativa conservadora que é característica do eleitor catarinense”, explicou Guerini.

Estratégias partidárias

A disputa nas câmaras municipais envolve cerca de 3 mil vagas em todo o estado, que serão muito disputadas, já que o cargo é considerado estratégico por muitos partidos políticos. O Republicanos, por exemplo, pretende triplicar o número de vereadores: indo dos atuais 29 para 100 eleitos em 2024. Já o União Brasil pretende conquistar 300 vagas nas câmaras municipais, assim como o PT, que quer dobrar o quadro atual. O Novo já tem 140 pré-candidaturas aprovadas em 20 cidades. O Podemos também está se organizando para reforçar candidaturas ao cargo.

O entendimento é de que o vereador está mais perto da população, por tratar de problemas da cidade. E esse alinhamento com a sociedade é considerado essencial por algumas siglas para conquistarem os cargos de deputados estaduais e federais em 2026. “As pesquisas têm indicado que a relação da indicação de vereadores com deputados federais é direta e praticamente um por um. Quanto mais vereadores você faz, mais chance de ter resultado positivo dentro de um coeficiente eleitoral e de fazer um [deputado] federal”, diz o presidente estadual do Republicanos e pré-candidato à prefeitura de Tubarão, Carlos Moisés.

Em paralelo, outra estratégia tem sido ampliar a presença em municípios através dos diretórios municipais, para estar mais perto da comunidade. O União Brasil, por exemplo, passou de 22 executivas para cerca de 200 e tem como meta eleger 30 prefeitos e de 20 a 30 vice-prefeitos. Já o PT quer dobrar o número de candidaturas, passando de 1,4 mil em 2020, para 2,9 mil em 2024.

O PSDB, por sua vez, está se reformulando, após “revés” em 2018, com baixo desempenho nas urnas, como avalia o presidente estadual da sigla, Marcos Vieira. Por isso, vai apostar em candidaturas mais jovens e de mulheres neste pleito. “Se queremos voltar a crescer, nós temos que mudar”, resumiu Vieira.

No MDB, a estratégia é olhar também para os menores municípios e trabalhar para eleger o maior número de vereadores e prefeitos. Os especialistas que conversaram com a reportagem destacaram que há uma tradição em Santa Catarina de a maior parte das prefeituras estar nas mãos do MDB e do PP, “que tem base municipalista enraizada no estado”, como aponta Guerini. Não é descartada, no entanto, a pulverização de partidos nas prefeituras, em 2024, considerando a força do PL, que tem se espalhado pelos municípios, e também os efeitos da Operação Mensageiro.

Operação Mensageiro e o impacto nas prefeituras

A Operação Mensageiro foi deflagrada em dezembro de 2022, um ano após o início das investigações que apontaram que pessoas ligadas a empresas do Grupo Serrana pagaram propina a funcionários públicos e políticos para vencerem licitações de prefeituras catarinenses. Os contratos envolviam, principalmente, a coleta, transporte e destino do lixo.

Entre dezembro de 2022 e abril de 2023 foram desencadeadas quatro fases da operação, que prenderam 16 prefeitos suspeitos de participarem do esquema que teria funcionado de 2014 até o ano passado. A investigação aponta, ainda, fraude em licitações de 20 municípios de diferentes regiões do estado.

Essa operação tem “potencial de abalar cenário eleitoral em Santa Catarina”, avalia Corrêa. “Em grande medida, muitos dos discursos com apelo moral e anticorrupção, que fomentaram o debate eleitoral em Santa Catarina em 2020 e 2022 perdem força por conta da operação e do desdobramento”, explica.  Para Guerini, a Mensageiro influencia de forma mais direta nas eleições de Planalto Norte, Planalto Serrano e Sul do estado, locais que concentram a maioria das prefeituras investigadas.

Além disso, o entendimento dos especialistas é de que a operação deixa a movimentação eleitoral incerta por conta dos desdobramentos jurídicos. “Alguns políticos podem estar de barbas mais de molho, farejando a própria sobrevivência e tomando certo cuidado de se aproximar de figuras que, se não estão investigadas, podem ser”, analisa Corrêa.

Cidades onde há suspeita de fraude em licitações: Balneário Barra do Sul, Bela Vista do Toldo, Braço do Norte, Canoinhas, Capivari de Baixo, Corupá, Gravatal, Guaramirim, Ibirama, Imaruí, Itapoá, Lages, Major Vieira, Massaranduba, Papanduva, Pescaria Brava, Presidente Getúlio, Schroeder, Três Barras e Tubarão.

Eleições 2024

  • O primeiro turno das eleições ocorre em 6 de outubro, e o segundo, em 27 de outubro.
  • Em todo o Brasil, os eleitores definirão 5.570 prefeituras e cerca de 60 mil vagas em câmaras municipais.
  • Em Santa Catarina, estarão em jogo 295 prefeituras e 2.890 vagas para vereadores.
  • O estado tem 5.489.658 eleitores.
  • Apenas três cidades catarinenses podem ter segundo turno da disputa: Florianópolis, Joinville e Blumenau. Isso porque a legislação eleitoral prevê votação em duas etapas apenas em municípios com mais de 200 mil eleitores.

Como está a articulação dos partidos em Joinville

Com 428.730 eleitores, Joinville é considerado um município estratégico pelos partidos. Isso porque conquistar a prefeitura do maior colégio eleitoral do estado traz visibilidade e ganho político, o que pode beneficiar as siglas nas eleições de 2026. O atual prefeito da cidade é Adriano Silva (Novo), que tentará a reeleição. A candidatura dele é considerada forte por políticos que conversaram com a reportagem e pode ter o apoio de outras siglas, como União Brasil, PSD e Republicanos.

Segundo o professor Guerini, questões relacionadas à segurança pública estão muito presentes em Joinville e devem pautar a discussão eleitoral. "Há bairros densos, muitos problemas de violência e de tráfico. Então o discurso policialesco entra muito forte na eleição municipal de Joinville", explica.

PL: O candidato do PL à prefeitura de Joinville será o deputado Sargento Lima. Ele foi reeleito deputado estadual com mais de 71 mil votos, metade deles em Joinville.

PT: Em Joinville, o partido avalia dois nomes para concorrer à prefeitura: o de Carlito Merss, que foi prefeito de Joinville entre 2009 e 2012, e o de Vanessa da Rosa, suplente do partido na Assembleia Legislativa de SC (Alesc).

Republicanos: O partido vai apoiar o candidato do Novo, Adriano Silva. "Já estamos aliançando isso com ele", informou o presidente estadual do partido, Carlos Moisés.

União Brasil: Em Joinville, o partido deve apoiar a reeleição do prefeito Adriano Silva, do Novo. Os vereadores do União Brasil fazem parte da base de Silva na Câmara dos Vereadores. "Possivelmente, a gente caminha para estar junto com ele, apoiando", resumiu o presidente estadual da sigla, deputado Fabio Schiochet.

PP: O presidente estadual do partido, Leodegar Tiscoski, informou que a sigla tem um bom time de pré-candidatos a vereador, mas não deu detalhes das negociações.

Novo: Considerada um “grande case de sucesso” pelo partido, a chapa Adriano Silva e da vice Rejane Gambin tentará a reeleição em 2024. “Apesar de o Novo em Joinville estar avaliando a possibilidade de fazer coligação, não há motivos para trocarmos a vice, já que ela está fazendo um trabalho brilhante, muito ativa, bem diferente de um vice decorativo tradicional”, explica o presidente estadual da sigla, Kahlil Zattar.

MDB: O candidato à prefeitura de Joinville pelo partido será o deputado estadual Fernando Krelling. Para compor a chapa, o partido buscará coligações, de acordo com o presidente estadual da sigla, deputado Carlos Chiodini.

PSDB: Em Joinville, o nome do postulante à prefeitura já foi definido, de acordo com o presidente estadual do PSDB, Marcos Vieira. No entanto, não foi informado. O partido busca, agora, apoio de outras siglas para o cargo de vice.

Podemos: De acordo com o presidente estadual da sigla, Camilo Martins, o candidato à prefeitura de Joinville será o deputado federal Rodrigo Coelho.

PSOL: Ainda não iniciou a articulação política na cidade. "Está mais demorada para acontecer", admite Lea Medeiros, presidente eleita do partido em Santa Catarina.

PSD: Sem entrar em detalhes, o partido informou que “nós desenhamos alguns projetos em Joinville”.

Situação das siglas em Florianópolis

A capital representa o segundo maior colégio eleitoral de SC, com 399.606 eleitores aptos para votar, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Atualmente, a cidade é governada por Topazio Neto (PSD), que tentará a reeleição. Para o professor da Univali Daniel Corrêa, Florianópolis tem um “cenário curioso”. O prefeito eleito em 2020 foi Gean Loureiro  (então do DEM e que, depois, foi para o União Brasil), que se afastou do cargo para concorrer ao governo do Estado em 2022, dando espaço para que Topazio assumisse. “Mas agora  é como se criador e criatura se separassem. Topazio busca encaminhar reeleição e tem se aproximado muito de Jorginho Mello (PL), desconsiderando que o padrinho dele [Gean] foi concorrente de Jorginho”, explica.

Entre os assuntos que devem dominar a campanha eleitoral na Capital são turismo, poluição e infraestrutura viária, aponta Eduardo Guerini, professor da Univali. Ele explica, ainda, que o debate também se dará na metropolização de Florianópolis, que envolve cidades como Biguaçu, São José, Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz. “São problemas metropolitanos de Florianópolis e região que deveriam ser discutidos em conjunto. Problemas conjuntos, com soluções conjuntas”, explica.

Confira a situação das siglas:

PL: Segundo  deputado estadual Ivan Naatz (PL), líder do governo Jorginho Mello (PL) na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), “há uma tendência de reeleição” do atual prefeito de Florianópolis Topazio Neto (PSD), e o partido entende que “o melhor caminho não é fazer enfrentamento ao Topazio, que é amigo do nosso projeto”. Por isso, “ao que tudo indica o partido vai pleitear  indicação de vice de Topazio”, explicou. Mas ele não informou quais nomes são cogitados para a vaga.

PT: O partido tem como pré-candidato o vereador Vanderlei Faria, o Lela. Questionado sobre uma frente ampla com outros partidos de esquerda, o vice-presidente estadual da sigla, Vitor Silveira, disse que o PT não tem candidatura a prefeito de Florianópolis desde 2008, porque “fez gesto em cima de gesto para construir frente”. O partido entende que este é o momento de ter a própria candidatura até para defender o governo Lula.

Republicanos: Segundo o presidente estadual do partido, Carlos Moisés, a decisão sobre o pleito na Capital "ainda precisa ser tomada". Ele informou que há movimentações conjuntas com o PP, que tem como pré-candidato Pedrão. Mas tudo está indefinido ainda, resume:  "A gente tem possibilidade de lançar candidato a prefeito ou a vice ou apoiar uma chapa".

União Brasil: O partido apoia a reeleição do prefeito Topazio Neto (PSD). Segundo o presidente estadual da sigla, deputado Fabio Schiochet, há um acordo para que o União indique o vice de Topazio e o mais cotado para a vaga é o atual secretário municipal de Turismo de Florianópolis, Ed Pereira. No entanto, essa vaga de vice também está sendo capitaneada pelo PL, partido do atual governador de SC, Jorginho Mello. "O PL quer construir isso, mas nós temos um acordo feito com o prefeito [Topazio Neto] e o PSD, que caminhou com a gente em 2022", explicou Schiochet.

PP: O nome que desponta como favorito do partido para a pré-candidatura à prefeitura da Capital é o de Pedro Silvestre, o Pedrão, “uma figura inquestionável e com potencial político", segundo o presidente estadual da sigla, Leodegar Tiscoski. No entanto, ele diz que ainda não tem nada definido no partido. Deputado suplente, Pedrão tomou posse na Assembleia Legislativa de SC no último dia 3 e deve ficar no cargo por 30 dias. A análise de especialistas é que esse período pode ser usado pelo parlamentar para articulações políticas. O professor Daniel Corrêa destaca ainda o fato de haver conversas entre Pedrão e Dário Berger (PSB), que foi prefeito de Florianópolis por oitos anos: “Existe a possibilidade de chapa formada por Dário e Pedro Silvestre”, explica Corrêa. A reportagem tentou contato com Dário, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.

Novo: O partido, provavelmente, não terá candidato próprio para a prefeitura da Capital. “O Diretório Municipal de Florianópolis ainda está  conversando com outros partidos e avaliando os possíveis nome [para apoiar]”, explicou o presidente estadual da sigla, Kahlil Zattar.

MDB: As candidaturas do partido para Florianópolis ainda estão sendo estruturadas, destaca o presidente estadual da sigla, deputado Carlos Chiodini.

PSDB: O partido terá candidatura própria para a prefeitura da Capital, e conversa com outras siglas para montar uma coligação. No entanto, nomes cotados para a vaga não foram divulgados pelo presidente estadual do PSDB, Marcos Vieira.

Podemos: O partido ainda está se estruturando na Capital, mas já está definido que indicará um pré-candidato à prefeitura. "Estamos para anunciar o prefeito, mas não podemos informar ainda", disse o presidente estadual da sigla, Camilo Martins.

PSOL: O partido, que deve priorizar a disputa pela prefeitura de Florianópolis, já anunciou o deputado estadual Marcos José de Abreu, o Marquito, como pré-candidato ao cargo. Agora, a sigla busca formar uma frente ampla de centro-esquerda para fortalecer a candidatura de Marquito e definir o vice na chapa. A ideia é reunir PDT, PT, PCdoB, PSB e Rede, partidos que, em 2020, apoiaram o Professor Elson (PSOL) como postulante ao cargo. Ele ficou em segundo lugar na disputa pela prefeitura com 18,13%, perdendo para Gean Loureiro (então do DEM e que, depois, foi para o União Brasil). “Nosso maior foco, investimento de esforços políticos é na Capital”, resumiu a presidente eleita da sigla em SC, Lea Medeiros.

PSD: O candidato do partido é o atual prefeito Topazio Neto, que tentará a reeleição. O principal suspense na corrida eleitoral na Capital, por enquanto, é quem será o vice dele. A vaga interessa tanto ao União Brasil, que diz ter um acordo com Topazio e o PSD para indicar o vice, quanto ao PL. No entanto, questionada pela reportagem, a sigla não se manifestou sobre essa “disputa” partidária pela vaga, apenas afirmou que “não existe ainda definição em Florianópolis”.

Movimentação das siglas em Blumenau

Terceiro maior colégio eleitoral de SC, Blumenau tem 261.742 eleitores. O debate na cidade deve ficar em torno da geração de emprego e renda, na análise de especialistas. Isso porque a cidade perdeu muitas indústrias de porte no ramo têxtil e  busca nova capacidade de geração de empregos. Além disso, influenciará a questão da duplicação da BR-470, que liga Blumenau com Navegantes, e que é uma interligação considerada importante para aprimorar a logística da região e atrair novas empresas.

Confira a situação das siglas:

PL: Segundo Naatz, a candidata à prefeitura deve ser a secretária-adjunta da Educação do Estado de SC, Patrícia Lueders. No entanto, ainda não há definição para o cargo de vice, “decisão que ficaria para o ano que vem”.

PT: A candidata do partido em Blumenau será Ana Paula Lima, que foi deputada estadual por quatro mandatos e já concorreu à prefeitura de Blumenau, em 2012 e 2020. Atualmente, é deputada federal. Ana é esposa de Décio Lima, que comandou a cidade duas vezes, sendo eleito em 1996 e em 2000.

Republicanos: De acordo com Carlos Moisés, presidente da sigla, há diversos movimentos partidários em Blumenau, que o Republicanos ainda está avaliando, para poder decidir como se posicionará na cidade.

União Brasil: Em Blumenau, o União está fazendo articulações para indicar o candidato a vice-prefeito em uma chapa com o Novo, que será encabeçada por Odair Tramontin. Os nomes mais cotados para o cargo, segundo o presidente estadual do partido, é o deputado estadual Marco da Rosa, que por três vezes foi vereador de Blumenau, e também João Paulo Kleinübing, que no momento está presidindo o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

PP: Com o diretório renovado, o partido ainda está articulando candidaturas na cidade. "Conversas são muitas, mas nada definitivo, mas podemos ter adesões expressivas ao partido nos próximos meses", diz o presidente estadual da sigla, Leodegar Tiscoski.

Novo: A cidade é uma das principais apostas do partido para as eleições de 2024. O candidato a prefeito pela sigla será o promotor aposentado e ex-candidato ao governo de SC, Odair Tramontin. Em 2020, ele concorreu ao cargo e ficou em terceiro lugar na disputa, com 2.111 votos a menos do que o segundo colocado João Paulo Kleinubing (DEM), que foi ao segundo turno contra Mário Hildebrandt (PODE), atual prefeito. Para compor a chapa, o novo buscará uma coligação para o cargo de vice. O presidente estadual da sigla, Kahlil Zattar, destaca que “logicamente, uma possível aliança será feita em torno de princípios e valores muito claros, um plano de governo bem definido e um alinhamento ideológico entre prefeito e vice”.

MDB: "Estamos encaminhando a filiação do deputado Egidio Ferrari, se for vontade dele, será candidato a prefeito", explicou o presidente estadual do MDB, deputado Carlos Chiodini.

PSDB: A candidata do PSDB ao Executivo de Blumenau será a atual vice-prefeita, Maria Regina de Souza Soar, segundo Marcos Vieira.

Podemos: O atual prefeito da cidade é do Podemos. Mas como Mário Hildebrandt foi reeleito no pleito passado, não poderá concorrer. O partido articula uma candidatura, mas ainda não há nomes definidos.

PSOL: O partido está em negociações com o PT e demais siglas de esquerda para construir "uma frente forte, para tentar o enfrentamento na política bolsonarista", explicou a presidente eleita do PSOL em SC, Lea Medeiros.

PSD:

Sem entrar em detalhes, o partido informou que “nós desenhamos alguns projetos em Blumenau”.

Dentre as maiores siglas, a reportagem não conseguiu contato com o PDT. O espaço está aberto para demais agremiações que queiram se manifestar. Os partidos foram apresentados nas listas acima conforme ordem de colocação no primeiro turno das Eleições 2022 para o governo de SC. Os que não tiveram representantes no pleito aparecem por ordem cronológica de criação do partido.

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