Laboratório está interditado desde o dia 10 de outubro pela Anvisa.| Foto: reprodução/Google Mapas
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O técnico de laboratório Cleber de Oliveira Santos, suspeito de envolvimento no caso dos órgãos contaminados com HIV no Rio de Janeiro, foi preso na tarde desta quarta (16) quando desembarcava no Aeroporto do Galeão, na capital fluminense. Ele retornava de uma viagem de férias ao Nordeste e era procurado pela polícia desde segunda (14), quando foi desencadeada uma operação que prendeu um dos sócios do laboratório PCS Lab Saleme.

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Cleber era o único dos quatro funcionários do laboratório que ainda estava foragido. Ele prestou depoimento, mas não falou com a imprensa. No entanto, a advogada dele, Gabrielle Pereira, disse que o técnico havia trabalhado de forma temporária e informal para o laboratório, e já não estava vinculado à empresa quando os laudos fraudulentos foram emitidos.

“Ele prestou serviço para o laboratório por 15 dias, de forma informal. Na data do supostamente ocorrido ele não estava mais prestando serviço pro laboratório", disse Gabrielle à Band. Após prestar depoimento, Cleber foi transferido para a DC-Polinter.

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As investigações apontam que Cleber e outros funcionários do laboratório teriam emitido laudos falsos de HIV que levaram à contaminação de seis pessoas que receberam os órgãos contaminados.

O Conselho Regional de Biologia (CRBio-02) informou que Cleber teve o registro profissional cancelado, sem especificar se o cancelamento ocorreu antes ou depois do caso vir à tona. “O registro do sr. Cleber de Oliveira dos Santos consta Baixado (Cancelado) junto a este CRBio-02, não sendo Biólogo”, afirmou o órgão em nota oficial.

Além de Cleber, outras três pessoas envolvidas no esquema já haviam sido presas. O responsável técnico do laboratório, Ivanilson Fernandes dos Santos; o ginecologista e sócio do PCS Lab Saleme, Walter Vieira; e Jacqueline Iris Bacellar de Assis, funcionária do laboratório, também foram detidos.

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De acordo com a polícia, eles responderão por crimes contra as relações de consumo, associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e infração sanitária.

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A operação policial, batizada de Verum, foi deflagrada na última segunda-feira (14), com a emissão de 11 mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro e em Nova Iguaçu. A polícia também emitiu quatro mandados de prisão, dos quais dois foram cumpridos no mesmo dia: Walter Vieira, sócio do laboratório e tio do deputado federal Doutor Luizinho, ex-secretário estadual de Saúde, e Ivanilson Fernandes dos Santos foram presos.

No dia seguinte, Jacqueline Iris Bacellar de Assis se entregou à Decon.

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