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Ataques no Rio
André Felipe Mendes é primo de Tandera, investigado por liderar uma das milícias que agem no Rio de Janeiro.| Foto: Antonio Lacerda/EFE

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, no final da tarde desta terça (24), um homem suspeito de atuar como operador financeiro de uma milícia liderada por Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera, uma das principais lideranças criminosas do estado, no bairro de Ramos, Zona Norte da cidade.

Ele foi identificado como André Felipe Mendes, primo de Tandera. O governador Cláudio Castro (PL) disse que a prisão foi “um golpe duro na milícia”. Durante a prisão, ele foi encontrado na posse de uma escopeta e munições. A defesa de André Felipe Mendes não foi localizada para comentar o ocorrido.

Em outra frente, o governador Cláudio Castro (PL-RJ) anunciou a formação de um grupo de trabalho em parceria com o Ministério da Justiça para investigar a lavagem de dinheiro no Rio de Janeiro. O grupo contará com a participação de representantes de instituições de segurança e controle financeiro, como a Fazenda Estadual, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública.

“Tratamos da integração entre as polícias Federal e Civil na questão da lavagem de dinheiro, que é outro ponto importantíssimo para que a gente possa asfixiar financeiramente essas máfias. Semana que vem esse grupo de trabalho já deve estar instituído e começando a funcionar, dando continuidade a um trabalho que já vinha sendo desenvolvido. Queremos dar um resultado perene, que funcione, que asfixie essas máfias e permita dar uma vida melhor para nosso povo”, disse após uma reunião com Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça.

Os recentes eventos de violência envolvendo milicianos no Rio, incluindo o incêndio de 35 ônibus e um trem em resposta à morte de um líder miliciano, Matheus da Silva Rezende, também conhecido como Faustão, deixaram a cidade em estado de caos na segunda (23).

O prejuízo financeiro para as empresas de transporte público atingiu aproximadamente R$ 38 milhões, sendo que cada ônibus leva seis meses para ser substituído. Estima-se que cerca de 2,5 milhões de pessoas tenham sido afetadas pelos incêndios.

Seis pessoas foram presas e enfrentarão acusações de terrorismo, enquanto outras seis detidas anteriormente foram liberadas por falta de provas de envolvimento nos ataques aos transportes públicos. A ação do governo e da polícia visa conter a crescente ameaça representada por grupos milicianos na cidade.

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