Operação aponta que servidor tinha uma rede de traficantes e vendia maconha e cocaína em estacionamento próximo ao STF.| Foto: divulgação/PCDF
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Três pessoas foram presas na manhã desta quinta (10) suspeitas de venderem maconha e cocaína a servidores e funcionários terceirizados de órgãos públicos do Distrito Federal. As prisões ocorreram no âmbito da Operação Shadow, desencadeada pela Polícia Civil que cumpriu, ainda, cinco mandados de busca e apreensão.

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Havia inicialmente a suspeita de que servidores do Supremo Tribunal Federal (STF) estariam envolvidos no esquema. No entanto, a Corte negou qualquer envolvimento e afirmou à Gazeta do Povo que a venda de drogas ocorria, entre outros locais, em um estacionamento próximo ao prédio, mas que "já tentou por diversas vezes regularizar e assumir o local para facilitar o controle, mas não houve autorização do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional)".

As prisões ocorreram nas regiões administrativas de Samambaia e Ceilândia, no DF, e no município de Águas Lindas, em Goiás. As investigações começaram há um ano com a prisão de um servidor terceirizado que prestava serviços a órgãos públicos e que vendia maconha proveniente de uma rede de traficantes.

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Ainda à reportagem, a Corte disse que "não há registro de envolvimento de nenhum servidor do Tribunal na prática de crimes. O STF tem fornecido informações quando consultado pelos investigadores", completou.

Segundo o delegado Rafael Catunda, da 5ª DP, o primeiro servidor preso que deu origem à investigação revendia as drogas de uma rede de traficantes por um valor acima da média do mercado, por conta do nível da renda dos consumidores.

“Ele tinha uma proximidade com outros servidores, um público de alta renda que ele vendia por um preço um pouco acima da média. Mas, a droga era uma droga convencional”, disse reforçando que o servidor era um "elo" entre os traficantes e os funcionários.

Após meses de investigações, a polícia descobriu quem eram os fornecedores. Além dos mandados de busca e apreensão, foram autorizados quatro de prisão. No entanto, um dos alvos não foi localizado e a apuração da PCDF o descartou após não encontrar evidências de participação no esquema.

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De acordo com a polícia, a organização operava o esquema de maneira organizada, utilizando tecnologia e recursos como grupos de WhatsApp e transferências bancárias. A estratégia dos traficantes era manter as atividades “nas sombras”, tentando evitar a detecção pelas autoridades.

Um dos suspeitos presos é um homem de 34 anos, residente em Samambaia, que desempenhava o papel de intermediário na logística de distribuição dos entorpecentes. Ele já possui antecedentes criminais, com envolvimento em casos de lesão corporal, desobediência e violência doméstica.

Já o segundo tem um histórico criminal desde 2009 e atuava como um dos principais fornecedores do grupo. Ele já havia sido detido por porte de drogas para consumo e tráfico de entorpecentes.

E o terceiro integrante, de 23 anos, vivia em Águas Lindas e utilizava vários endereços diferentes para confundir a polícia. Ele também já havia sido flagrado com drogas em ocasiões anteriores.

Os investigados foram presos em flagrante e responderão por tráfico de drogas e associação ao tráfico, crimes que preveem penas que podem variar de 5 a 15 anos de prisão.

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A polícia apreendeu, ainda, 2,5 kg de maconha, cerca de R$ 3 mil em espécie, cadernos de anotação com registros das vendas das drogas, equipamentos, entre outros.

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