Os tiros de fuzil que mataram o empresário no Aeroporto de Guarulhos partiram de um Gol preto, que foi encontrado em uma região próxima| Foto: Reprodução/G1
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Os três policiais militares da ativa que faziam a segurança do empresário Antônio Vinícius Gritzbach, baleado na tarde de sexta (8) pelo PCC no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, foram afastados das atividades até o encerramento das investigações.

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Os agentes não tiveram os nomes divulgados e se apresentaram voluntariamente ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Prestaram depoimento e foram levados para a sede da Corregedoria, no centro da capital paulista.

Não há informações sobre o conteúdo dos depoimentos, apenas que eles permanecerão fora das atividades durante o período das apurações. Já a rotina no terminal paulista só foi retomada à noite, mais de cinco horas depois do crime.

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À noite, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) se pronunciou nas redes sociais afirmando que “todas as circunstâncias serão rigorosamente investigadas e todos os responsáveis serão severamente punidos”.

“Reforço meu compromisso de seguir combatendo o crime organizado em São Paulo com firmeza e coragem”, pontuou.

Gritzbach estava jurado de morte pelo PCC por ser mandante da morte de dois integrantes do grupo e também ter firmado um acordo de delação premiada com as autoridades para revelar os mecanismos utilizados pela facção para lavar dinheiro do tráfico.

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O empresário foi baleado quando saía da área de desembarque do aeroporto por quatro pessoas encapuzadas portando um fuzil. Outras duas pessoas ficaram feridas durante o tiroteio. Após o crime, os autores dos disparos fugiram em um carro abandonado horas depois.

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“É uma situação em que ele [Gritzbach] estava exposto ali, vinha sendo ameaçado. Ele, nas duas vezes em que nós falamos com ele, acreditava que era alvo de integrantes do crime organizado. Porque ele é confesso em falar que agiu lavando dinheiro para o PCC”, disse Ivalda Aleixo, diretora da DHPP, à TV Band.

Ela afirmou que o empresário já era alvo de processo junto ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) por lavagem de dinheiro e que “sabia muita coisa do PCC, sabia onde estavam colocando esse dinheiro”.

Gritzbach era acusado pela facção de ter desviado R$ 100 milhões da organização, e que chegou a ficar em poder da facção por 9 horas durante sessão do “tribunal do crime”. Ele teria sido liberado sob a promessa de reaver o dinheiro, mas acabou preso antes de cumprir a promessa. A delação foi homologada pela Justiça em abril deste ano.

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