O diretor-presidente da Braskem, Roberto Bischoff, disse nesta segunda-feira (4) que "situações políticas" distorcem informações sobre o deslocamento da mina de sal-gema em Maceió que corre risco de colapso.
"Nós estamos absolutamente comprometidos com um trabalho de mais de quatro anos e de fazer esse processo sem colocar em risco as pessoas. Infelizmente, [esse tema] entra em alguma situação política que a gente acaba tendo informações distorcidas, nas redes sociais", explicou o executivo da Braskem, mesmo sem ter sido questionado, durante Encontro Anual da Indústria Química.
De acordo com Bischoff, a Braskem interrompeu as atividades de mineração em 2019, quando um relatório mostrou o rebaixamento do solo na região, e disse que a mineradora contratou especialistas “imediatamente”, com o objetivo de concretizar acordos e medidas para poder mitigar, reparar e compensar” os danos causados à cidade e à população.
“São cinco acordos hoje, com todos os entes, federal, municipal, estadual, participando dos acordos", declarou o diretor-presidente da Braskem. Esses acordos determinaram o fechamento de minas, a realocação de pessoas que viviam nos imóveis da região e obras sociais para compensar os danos causados à mobilidade urbana da capital do estado pela desocupação de cinco bairros inteiros.
"Essa é a história, é isso que está acontecendo. O resultado, se será uma acomodação de terreno de forma mais gradual, ou pode acontecer de uma forma aguda, a gente não pode afirmar ainda. O que a gente tem são bons indicativos de que o solo vem se acomodando dia a dia de uma forma melhor", disse Bischoff.
Até o domingo (3), o terreno da região do bairro Mutange estava se deslocando em torno de 0,70 cm por hora e, em uma semana, o afundamento alcançou 1,70 m. Essa redução do ritmo de deslocamento, que levou a uma evacuação de cerca de 60 mil pessoas, aponta que o solo pode estar começando a se estabilizar naturalmente, descartando a possibilidade de um grande colapso.
A empresa afirmou que desde 2019 vem adotando “medidas para o fechamento definitivo dos poços de sal, conforme plano e cronograma apresentados às autoridades, e aprovados pela Agência Nacional de Mineração". O processo de preencher os poços com areia tem previsão de conclusão em 2025.
As minas da Braskem, criadas pela extração de sal-gema, estavam sendo fechadas desde 2019 após afundamentos do solo e tremores. O caso veio à tona em 2018 quando um tremor de terra afetou bairros em Maceió.
Rachaduras, afundamentos e crateras surgiram, levando à interdição de áreas. A Braskem concordou com uma indenização de R$ 1,7 bilhão à prefeitura em julho de 2021.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Governo Lula impulsiona lobby pró-aborto longe dos holofotes
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião