O prefeito de Criciúma (SC), Clésio Salvaro (PSD), foi preso nesta terça-feira (3) na segunda fase da operação Caronte, que investiga irregularidades na prestação de serviços funerários. Além dele, outras nove pessoas foram detidas preventivamente nas cidades catarinenses de Florianópolis, São José e Jaraguá do Sul. As ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina e cumpridas pelos grupos de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e Especial Anticorrupção (Geac).
Em vídeo publicado nas redes sociais antes de ser preso, Clésio Salvaro disse que a detenção é uma “prisão política” e que tinha como projeto regularizar a central funerária. "Tenho certeza da minha inocência, não há dolo, não há intenção, não há vantagens, não há absolutamente nada que possa me incriminar - exceto a liderança que exercemos na política, esse poder de transferir votos e a certeza que vamos vencer as eleições", afirmou.
Salvaro não é candidato nas eleições 2024, mas apoia e faz campanha para Vaguinho, que disputa a prefeitura de Criciúma pelo PSD. A primeira fase da operação Caronte foi deflagrada em 5 de agosto e prendeu sete suspeitos.
Com análise de provas e coleta de 38 depoimentos, o Ministério Público (MP) de Santa Catarina concluiu as investigações e denunciou os envolvidos. O documento final da apuração, de 20 de agosto, aponta 21 denunciados - entre eles o prefeito, um secretário, servidores públicos, empresários, pessoas ligadas aos crematórios e serviços funerários da cidade.
Segundo o MP, os envolvidos teriam cometido crimes de organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupção, crimes contra a ordem econômica e economia popular envolvendo a concessão de serviço funerário na cidade de Criciúma. Os presos foram submetidos a exame de corpo de delito e levados para o sistema prisional, onde aguardarão audiência de custódia nos locais onde ocorreram as prisões, diz o MP.
Veja vídeo publicado pelo prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, antes de ser preso
Operação Caronte
De acordo com os responsáveis pela investigação que culminou no prefeito de Ciciúma preso nesta terça-feira, o nome "Caronte" faz alusão ao barqueiro de Hades (mitologia grega), que carrega as almas dos recém-mortos sobre as águas do rio Estige e Aquerante, que dividiam o mundo dos vivos do mundo dos mortos. Aqueles que não tinham condições de pagar certa quantia, ou aqueles cujos corpos não haviam sido enterrados, tinham de vagar pelas margens por cem anos.
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