Lucas Passos de Lima, de 35 anos, foi preso em novembro de 2023 ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos, quando voltava de uma visita ao Líbano.| Foto: Agência Brasil
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Como noticiado pela Gazeta do Povo, nesta segunda-feira (4), a Polícia Federal está investigando um grupo de brasileiros suspeitos de ligação com o grupo terrorista Hezbollah, que apoia o Hamas no conflito travado contra Israel desde outubro do ano passado.

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As investigações foram abertas no ano passado quando se descobriu que um brasileiro e um libanês foram recrutados para cometer atos terroristas contra judeus no Brasil.

As investigações da PF teriam impedido um atentado iminente em instalações ligadas a judeus no Distrito Federal (DF). O alerta inicial veio dos Estados Unidos, e a ação das autoridades brasileiras evitou um potencial ataque.

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De acordo com uma apuração da TV Globo publicada neste domingo (3), o inquérito foi desmembrado após a descoberta de que mais brasileiros foram procurados pelo Hezbollah.

Entre os investigados pela PF está o autônomo, Lucas Passos de Lima, de 35 anos, que se encontra custodiado, desde novembro de 2023, no Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos.

Lucas foi preso ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos quando voltava ao Brasil depois de uma visita ao Líbano, país de origem do Hezbollah.

Na ocasião, Lucas alegou ter ido ao Líbano por conta de “propostas para crescimento de negócios”.

Segundo a PF, Lucas é suspeito de participar do planejamento dos ataques que aconteceriam no DF. Segundo a Justiça, Lucas “se encontrava no estágio mais avançado do recrutamento”.

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Durante a prisão, Lucas disse que estava trabalhando com regularização de imóveis e era representante comercial. Ao passar pela audiência de custódia, Lucas questionou: "Você sair de um lugar para fazer parte de um grupo em guerra, você sair da sua paz para isso?".

A PF encontrou vídeos da porta de sinagogas e arredores com Lucas, além de uma lista com oito locais importantes para a comunidade judaica em Brasília e no estado de Goiás. O brasileiro também já foi preso por porte ilegal de armas há sete anos.

Uma audiência de instrução sobre o caso foi marcada para o dia 21 de março.

Segundo a juíza que cuida do processo, “o perfil dos recrutados levantou suspeitas pela ausência de vínculos com o País ou condições financeiras para empreender tais viagens ao exterior (alguns por mais de uma vez ou três vezes em menos de 12 meses) e por possuírem antecedentes criminais”.

Lucas já havia visitado o Líbano em 2023 antes de ser preso em novembro. Segundo a PF, ele também fez treinamento com armas e procurou um piloto com experiência em cruzar fronteiras.

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Além de Lucas, outro alvo das investigações é Mohamad Khir Abdulmajid, procurado pela Interpol por ser considerado o principal líder da operação de recrutamento de brasileiros pelo Hezbollah.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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