O governo do Rio Grande do Sul divulgou nesta quarta-feira (14) um balanço sobre as medidas tomadas pelo estado nos primeiros 100 dias após as enchentes que devastaram o território gaúcho. Os números foram apresentados em uma reunião do Conselho do Plano Rio Grande, criado para balizar as ações propostas para reconstruir as cidades destruídas pelas cheias.
Nas contas do governador Eduardo Leite (PSDB), o estado investiu mais de R$ 1,6 bilhão em ações mitigatórias contra os efeitos da chuva e no planejamento de ações de reconstrução. Para o governador, houve avanços em diversas áreas.
“O Comitê Científico está funcionando e já tem dado contribuições importantes. Estamos avançando, também, em questões como resiliência e adaptação climática, diques e sistemas de proteção, blocos de rodovias, soluções para aeroportos, causa animal e medidas”, afirmou o governador.
Governador destacou medidas de reconstrução e auxílio aos gaúchos
Entre as ações emergenciais destacadas por Leite estão a disponibilização e qualificação de abrigos para as famílias que ficaram desalojadas e a construção de Centros Humanitários de Acolhimento. Medidas de conservação e manutenção de estradas, escolas e hospitais, assim como programas de auxílio financeiro para pessoas físicas, como Volta por Cima e SOS Pix, e empresas, como MEI RS Calamidades, também foram lembrados pelo governador.
O vice-governador, Gabriel Souza, apresentou o trabalho feito pelas Câmaras Temáticas que integram as atividades do Conselho do Plano Rio Grande. Ao todo, detalhou, foram feitos 15 encontros com conselhos profissionais, federações, entidades representativas de classe, movimentos e organizações no estado.
“Convidamos cerca de 500 lideranças, representando 256 entidades dos setores público e privado, e tivemos uma expressiva participação nos encontros realizados. Ao todo, recebemos 107 demandas ligadas diretamente às ações de reconstrução e 15 de outros segmentos”, detalhou Gabriel.
Secretário da Reconstrução do Rio Grande do Sul atualizou projetos para reerguer cidades atingidas
Titular da pasta da Reconstrução Gaúcha, o secretário Pedro Capeluppi forneceu atualizações sobre os projetos estruturantes de médio e longo prazo. Ao todo, são cerca de 50 demandas de resiliência sob monitoramento da secretaria. A lista apresentada por Capeluppi não está fechada, reforçou o secretário, e pode ser readequada de acordo com um chamamento público que foi aberto para receber propostas vindas dos municípios.
Entre estas demandas estão a instalação de um novo sistema de proteção das cheias, além de medidas como o desassoreamento de rios das bacias atingidas pelas enchentes. Novas formas de urbanizar as cidades, com um impulso na economia local, estavam entre os pontos abordados.
Quanto às ações de médio prazo, consideradas de preparação, o secretário detalhou medidas de mapeamento topográfico, adoção de sistemas de monitoramento mais avançados e reforços das estruturas de resposta, as primeiras a serem acionadas neste tipo de desastre. A longo prazo, foram discutidas a reconstrução de escolas, pontes e rodovias, assim como a construção de novas habitações temporárias e definitivas.
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