Quase metade das estradas de Mato Grosso do Sul apresenta condições insatisfatórias, segundo levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que aponta para 48,3% das estradas avaliadas como péssimas, ruins ou regulares. O número representa uma queda em relação à pesquisa da CNT do ano passado, quando 56,2% das rodovias não foram consideradas como ótimas ou boas.
De acordo com os dados, houve uma queda na porcentagem de rodovias consideradas ótimas, de 12,7% para 11,3%, apesar do aumento das que estão em condições boas, de 31,1% para 40,4%.
O estudo da CNT analisou 4,7 mil quilômetros de 11 rodovias que cruzam o estado, incluindo as BRs 060, 158, 163, 262, 267, 359, 376, 419, 436, 463 e 487. O levantamento faz parte de uma avaliação nacional que abrangeu 111,8 mil quilômetros de vias pavimentadas no Brasil, sendo 67,8 mil da malha federal e 44 mil de trechos estaduais.
A maior parte das rodovias do estado sul-matogrossense está sob administração pública. Entre os problemas destacados, 51,9% das rodovias públicas do estado não possuem acostamentos, comprometendo a segurança em situações de emergência. Já as rodovias sob concessão privada apresentaram melhores condições, com 71% oferecendo acostamentos pavimentados e sinalização adequada.
Apesar dos investimentos federais em manutenção e melhorias, a CNT alertou que os recursos ainda são insuficientes para atendimento da demanda. A confederação reforçou a necessidade de ampliar o orçamento destinado à infraestrutura de transporte para reduzir os custos logísticos e melhorar a mobilidade no estado.
Veja a avaliação geral das rodovias do MS:
- Ótimo: 535 km (11,4%)
- Bom: 1.912 km (40,4%)
- Regular: 2.028 km (42,8%)
- Ruim: 232 km (4,9%)
- Péssimo: 29 km (0,6%)
A avaliação considerou, como critérios, as condições do pavimento, da sinalização e da geometria das estradas, além da situação do asfalto, qualidade das placas de sinalização, estado do acostamento, segurança das curvas e integridade das pontes.
O pavimento foi avaliado considerando a qualidade da cobertura asfáltica e a presença de irregularidades, como buracos. A sinalização foi examinada com base na existência e na adequação das placas e marcações de pista. Já a geometria das vias foi analisada levando em conta o traçado das rodovias, a presença de pistas duplas ou triplas e a adequação da velocidade máxima permitida às condições de tráfego.
Governo de Mato Grosso do Sul sanciona programa de financiamento de infraestrutura
O governo do Mato Grosso do Sul lançou, no mês passado, o programa Rodar MS para fazer a manutenção, adequação à resiliência climática e segurança viária das rodovias do estado. No dia 7 de novembro, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), sancionou o projeto de lei que autoriza a contratação de operação de crédito com o BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento) para o financiamento da iniciativa.
Os investimentos totais do programa serão de US$ 250 milhões. Já o valor máximo a ser contratado na operação de crédito é de US$ 200 milhões, e os demais US$ 50 milhões serão aplicados como contrapartida pelo governo estadual.
Os recursos contratados com o BIRD serão investidos em obras em trechos rodoviários nos municípios de Jateí, Naviraí, Iguatemi, Eldorado, Novo Horizonte do Sul, Itaquiraí, Nova Andradina, Angélica, Anaurilânida, Bataguassu, Taquarussu, Água Clara, Três Lagoas, Inocência e Paranaíba e totalizam 800 quilômetros.
No início de dezembro, o leilão da Rota da Celulose, que prevê a concessão de trechos das rodovias BR-262, BR-267, MS-040, MS-338 e MS-395, foi adiado para 2025 por falta de interesse da iniciativa privada no projeto do governo federal. O edital prevê a concessão de 870 km de rodovias que cortam nove municípios de Mato Grosso do Sul. Entre as cidades estão Campo Grande, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Água Clara, Três Lagoas, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina e Anaurilândia.
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