Paulo Sergio de Lima, de 30 anos, se entregou à polícia após sequestrar um ônibus no Rio de Janeiro na tarde desta terça (12), após três horas de negociações com agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Polícia Militar.
Informações preliminares dos sites Metrópoles e G1 apontam que Lima é morador da comunidade da Rocinha, zona sul do Rio, e foi beneficiado pela progressão de regime para o semiaberto desde 2022.
Ele já tinha uma passagem pela polícia pelo roubo de um ônibus em abril de 2019 no Túnel Rebouças, onde roubou quatro celulares e foi preso. Paulo Sergio de Lima foi condenado a oito anos de prisão em segunda instância, e tentava fugir da cidade afirmando estar ameaçado por uma facção criminosa.
Segundo o delegado Mário Andrade, titular da 4ª DP, Paulo Sérgio disse que tinha dívidas com bares locais na Rocinha e se envolveu em um tiroteio, ferindo um traficante. Com medo de represálias, passou dias escondido em hotéis e estava a caminho de Minas Gerais para buscar refúgio na casa de familiares.
O sequestrador comprou a passagem para Juiz de Fora pouco antes das 14h e pagou em dinheiro. Agora, ele enfrenta acusações de tentativa de homicídio, sequestro e cárcere privado, além de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito com numeração suprimida.
Além de agora regredir do regime semiaberto para o fechado, informações preliminares do G1 apontam que Lima violou o monitoramento eletrônico por tornozeleira desde agosto de 2022.
Documentos a que o site teve acesso apontam que a Coordenação de Monitoramento e Dispositivos Eletrônicos da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) enviou diversos e-mails à Vara de Execuções Penais do estado informando a falha na tornozeleira.
Pelo menos cinco comunicações foram feitas à Justiça, em que a Seap comunicava a dificuldade de monitoramento do detento. A Gazeta do Povo entrou em contato com a secretaria para confirmar as informações e aguarda retorno.
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