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Apelo é para que todos que tenham barcos ajudem nos resgates, diz vice-prefeito de Porto Alegre.
Apelo é para que todos que tenham barcos ajudem nos resgates, diz vice-prefeito de Porto Alegre.| Foto: EFE/Isaac Fontana

Coube ao vice-prefeito de Porto Alegre (RS), Ricardo Gomes, alertar em uma transmissão ao vivo que é notícia falsa a informação que há fiscalização e apreensão de embarcações ou que haja a necessidade de licenças especiais para que barco ou jet ski possam auxiliar no resgate de vítimas que estão ilhadas.

Até a manhã desta segunda-feira (6) haviam sido confirmadas 83 mortes e ao menos 111 pessoas desaparecidas ou sem comunicação no Rio Grande do Sul, após as fortes chuvas que atingem a região há 10 dias. Há centenas de pessoas isoladas, aguardando resgate em prédios inundados.

O vice-prefeito de Porto Alegre pediu o auxílio em buscas e resgates a todos que tenham jet ski, barco navegável em volume de 1 metro e 1,5 metro de água ou jipes. “Existem muitas pessoas a serem resgatadas. Recebemos toda hora pedido dos que estão no terceiro, quarto, quinto, sexto andar dos edifícios alagados. Essas pessoas não foram priorizadas num primeiro momento, porque estávamos resgatando quem estava com água dentro de casa, batendo no peito, mas precisamos chegar agora nelas. Tivemos rumores que estava havendo apreensão de barcos sem documentação, isso é falso. Todos os barcos são bem-vindos para participar, salvar vidas. É melhor um barco sem documento salvando vidas na rua [do que não ter]”, reforçou.

Gomes disse ainda que há uma determinação entre todas as forças de segurança e fiscalização de que todos “podem e devem” ajudar. “Todos são bem-vindos. Precisamos de todos”, reforçou ele.

Durante o último fim de semana circularam informações falsas de que seria necessária uma carta náutica para navegação e que as forças armadas estariam apreendendo embarcações irregulares. “Graças ao empenho de voluntários que muitas vidas estão sendo salvas”, reiterou o vice-prefeito.

Entre os exemplos está o resgate de pessoas que estavam em barcos e foram puxadas por dezenas de voluntários com água batendo na altura do peito. O cordão humano para puxar as embarcações viralizou nas redes sociais e foi registrado na cidade de Canoas, região metropolitana de Porto Alegre.

“Numa tragédia aparece o que há de melhor e pior no ser humano, vai desde [a informação falsa] do rompimento de um dique, ou um carro de som com propaganda eleitoral. Faço um apelo a todos pela união, deixem as disputas políticas para um outro momento, é a dor da cidade. Precisamos nos unir, governo estadual, federal, município bombeiros. O objetivo é salvar vidas para depois recuperarmos tudo”, disse o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB).

O secretário da Casa Civil do governo do estado, Arthur Lemos, também desmentiu informações de que estava sendo retida parte das doações em dinheiro para pagamento de impostos. “As doações estão passando isentas, não há nenhuma cobrança de impostos. Infelizmente neste difícil momento que estamos passando tem quem queira disseminar notícia falsa, prejudicando e fazendo com que a gente tenha que parar um pouco o trabalho que estamos fazendo para desmentir essa informação. Não repassem essas informações falsas”, apelou.

Para quem quiser fazer doações em dinheiro, o governo do Rio Grande do Sul reativou a chave Pix para destinações no SOS Rio Grande do Sul. A conta no Banrisul recebe doações pela chave no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ): 92.958.800/0001-38. Este é o mesmo canal de doações às vítimas dos temporais registrados no ano passado.

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