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Imagem ilustrativa. MPF iniciou no estado do Rio de Janeiro apuração de supostos conteúdos que relatavam abusos policiais em canais do YouTube.
Imagem ilustrativa. MPF iniciou no estado do Rio de Janeiro apuração de supostos conteúdos que relatavam abusos policiais em canais do YouTube.| Foto: Franz P. Sauerteig/Pixabay

Uma decisão, em caráter liminar, da Justiça Federal na última semana determina a suspensão na exibição de 13 vídeos em canais na plataforma do YouTube em que aparecem policiais contando sobre abordagens e operações de segurança pública. No entendimento da Justiça, os conteúdos são impróprios “por contemplar aparente violação a direitos humanos de diversas ordens" e sob a alegação da possibilidade de estimular a discriminação social, econômica, étnica e cultural.

A determinação para suspender a exibição dos vídeos com policiais vale para quatro canais que têm de 300 mil até 2,5 milhões de seguidores. Na decisão, a Justiça Federal avalia a necessidade de evitar a disseminação do discurso de ódio em casos nos quais policiais relatam possíveis abusos ou irregularidades praticadas por eles ou por companheiros de farda durante o cumprimento das funções, como agressões e assassinatos.

A medida judicial suspende, e não determina a exclusão dos vídeos, como garantia de “tutela de direitos humanos sem comprometer a liberdade de expressão e a atividade econômica dos réus, mantendo a reversibilidade da decisão até o julgamento final". Cabe recurso.

A ação civil pública que levou à decisão judicial foi proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Defensoria Pública da União (DPU). Além dos canais no YouTube que convidam agentes da segurança pública a falar de suas experiências, principalmente dos estados Rio de Janeiro e São Paulo, a Secretaria da Polícia Militar no Rio de Janeiro foi notificada a apresentar medidas adotadas para garantir controle do que os profissionais da corporação publicam em redes sociais ou propagam durante a participação em podcasts com relação às suas atuações profissionais.

Foi no Rio de Janeiro que o MPF iniciou as apurações de supostos conteúdos que relatavam abusos policiais em canais do YouTube. A reportagem da Gazeta do Povo tentou contato com o Google, administrador do YouTube, mas não obteve retorno. Ao site G1, a plataforma afirmou que não pretende se manifestar sobre o caso.

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