São Paulo (AE) – Com um público total de 270 mil espectadores nos três primeiros dias em cartaz, 2 Filhos de Francisco, de Breno Silveira, fez a média de 924 pagantes em cada uma das 292 salas em que foi lançado. O filme, que conta a história da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano, se consolidou como a maior bilheteria do país, no fim de semana.

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Rodrigo Saturnino, diretor-geral da Columbia Pictures do Brasil, empresa co-produtora e distribuidora, avalia o resultado: "Francisco se definiu neste primeiro fim de semana como um filme de perfil familiar. Não teve rejeição em salas características do público classe A e essa era uma preocupação da gente. O filme poderia ser derrubado pelo preconceito contra a música sertaneja. Isso não ocorreu e a expectatriva é de que haja, durante a semana, um aumento da freqüência principalmente do público interiorano."

Outro fator significativo é que 2 Filhos de Francisco saltou de 48 mil espectadores na sexta-feira para 100 mil no sábado e 120 mil no domingo. "O número só foi aumentando, numa curva ascendente para a qual o primeiro boca-a-boca já deve ter contribuído."

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Mas Saturnino é prudente quando se trata de comparar o filme sobre Zezé di Camargo e Luciano com o grande sucesso recente do cinema nacional, Carandiru – O Filme, de Hector Babenco, outra parceria da Columbia e da Globo Filmes, no caso com a HB, a produtora do diretor (Francisco é uma produção da Conspiração). Carandiru fez 469.986 espectadores no primeiro fim de semana. Lançado em 400 salas, registrou a média de 1.175 espectadores pagantes.

E o filme ainda cresceu nas semanas seguintes ao lançamento, quando o normal é o decréscimo do público. É verdade que a freqüência geral diminuiu em 2005, atingindo até as produções de Hollywood, o que não impede que se diga que Carandiru foi um fenômeno. "Francisco tem um perfil mais peculiar", avalia Saturnino. "O importante é dar sobrevida ao filme para que o público tenha tempo de descobrir suas qualidades."