26 curiosidades sobre “Curtindo a Vida Adoidado”

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Filmado entre Chicago e Los Angeles a partir de setembro de 1985, “Curtindo a Vida Adoidado” foi a grande chance de Matthew Broderick, que vinha de um papel memorável na Broadway, em “Biloxi Blues”, de Neil Simon. Ele interpretava Eugene, um soldado em treinamento baseado em Biloxi, no Mississippi, durante a Segunda Guerra Mundial. Alan Ruck , que viria a ser seu melhor amigo Cameron no filme, trabalhou com ele nessa peça. A obra virou filme em 1988 e ganhou o título de “Metido em Encrencas”.

Veja mais curiosidades abaixo.

O ELENCO

• Alan Ruck, que interpreta Cameron Frye, fez teste para o papel de Bender em “Clube dos Cinco”. Emilio Estevez, que interpreta Andrew Clark no mesmo filme, foi o primeiro ator a quem o personagem foi oferecido, mas declinou. Anthony Michael Hall, do mesmo elenco e colaborador frequente de Hughes, foi outro a dizer não.
• A família Bueller era formada por casais apaixonados na vida real. Lyman Ward e Cindy Pickett, que interpretavam os pais de Ferris, eram namorados na época em que o filme foi produzido. Eles se casaram e ficaram juntos até 1992. Matthew Broderick e Jennifer Grey, que eram irmãos que se odiavam, também namoravam e chegaram a ficar noivos.
• Alan Ruck já tinha 29 anos quando interpretou o colegial Cameron Frye. Matthew Broderick tinha 23. Mia Sara era a única em idade escolar de fato: tinha 18.

• Ben Stein, que interpreta o professor de economia na escola de Ferris, não é ator profissional e foi escolhido por John Hughes, de quem era apenas um conhecido, por conta de sua voz tediosa. O diretor aproveitou que Stein é formado em economia e pediu que ele desse uma aula do tema, de fato. Ele improvisou, já que não tinha falas previstas, a não ser a chamada. “Bueller? Bueller? Bueller?”
• Molly Ringwald se interessou pelo papel de Sloane, mas John Hughes, que a dirigiu em “Clube dos Cinco” e escreveu o roteiro de “A Garota de Rosa Shocking”, achou que era pouco para ela. Ele também chegou a dizer que Mia Sara ficou com o papel porque era mais “elegante”.
• Charlie Sheen, que faz uma ponta como um rapaz que Jeanie conhece na delegacia, ficou 48 horas sem dormir para parecer drogado, exigência do papel. Ele tinha trabalhado com Jennifer Grey em “Amanhecer Violento” e a colega o recomendou para o filme.
• Rob Lowe, John Cusack, Jim Carrey, Johnny Depp, Tom Cruise, Robert Downey Jr. e Michael J. Fox foram considerados para o papel de Ferris Bueller.
• Bill Paxton recusou o papel do funcionário do estacionamento porque achou que era muito pequeno. Depois disse ter se arrependido, porque Hughes, com quem trabalhou em “Mulher Nota Mil”, nunca mais lhe ofereceu trabalho.

PRODUÇÃO

• A cena em que a Ferrari despenca da garagem foi filmada durante o outono, mas o longa era ambientado na primavera. Por isso, as folhas das árvores em frente à casa de Cameron, que já estavam ficando amareladas, foram pintadas de verde.
• John Hughes escreveu o roteiro em apenas seis dias.
• Originalmente, Ferris teria irmãos pequenos, mas isso acabou sendo cortado do filme. Os desenhos do filho de Hughes que foram usados pela direção de arte, no entanto, ainda ficaram na geladeira e podem ser vistos nas cenas na cozinha da casa dos Bueller.
• A Ferrari GT250 California Spyder 1961 que é “destruída” era uma réplica, mas mesmo assim enganou os fãs da escuderia italiana, que escreveram enfurecidos à produção por conta de ‘heresia’ de acabar com um dos 104 modelos comercializados. Foram construídas três réplicas em fibra de vidro e chassi GM. A GT 250 é um dos modelos mais valiosos atualmente. Um leilão em 2008 vendeu uma dessas por cerca de US$ 11 milhões.
• O pedreiro e o lavador de janelas que aparecem dançando na cena da parada não são figurantes contratados. Eles pareciam estar se divertindo tanto que John Hughes resolveu filmá-los. Acabaram entrando num filme cult.
• A sequência em que Ferris toca clarinete foi improvisada. Matthew Broderick disse que sabia tocar o instrumento (o que era mentira) e assim foi. “E não tive uma aula sequer!”, diz, na cena.
• O diretor também escolheu ele mesmo as músicas do filme, num desejo de apresentar músicas novas ou pouco conhecidas do público médio. No entanto, se recusou a lançar um álbum de trilha sonora porque, segundo ele, elas eram muito diferentes entre si e não funcionariam bem como um disco.

OUTRAS CURIOSIDADES

• Uma série ambientada antes dos acontecimentos do filme chegou a ser exibida nos Estados Unidos em 1990, mas foi cancelada após 13 episódios. Jennifer Aniston é o nome mais famoso do elenco e interpretava Jeanie, a irmã revoltada de Ferris.
• Uma sequência , que mostrava Ferris na faculdade, foi cogitada. Matthew Broderick foi um dos que se opuseram. Argumentou que o filme era sobre um lugar e época específicos que todos gostam de revisitar e que não precisava de continuação.
• O quadro que Cameron passa horas admirando no Art Institute of Chicago é “Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte”, de George Seurat.
• Há uma teoria de que Ferris seria apenas produto da imaginação de Cameron. Como é todo certinho, ele teria criado um alter ego para aproveitar a vida e enfrentar o pai. Ele teria sonhado com aquele dia porque afinal, ele sim, estava de cama, com gripe forte.
• O nome do restaurante francês que Ferris engana o host para comer, Chez Quis, é um jogo de palavras que faz referência à Shakeys, rede de pizzarias.
• A voz que Cameron usa para enganar o diretor Rooney como o pai de Sloane foi inspirada em um diretor de teatro com quem Alan Ruck e Matthew Broderick haviam trabalhado anteriormente.
• O jogo do Cubs que aparece no filme foi, na verdade, realizado em 5 de junho de 1985. Por essa ótica, o trio teria matado aula já há 31 anos.

JOHN HUGHES E SUAS REFERÊNCIAS

• John Hughes cuidou de cada detalhe do quarto de Ferris, o que descrevia como “uma série desorganizada de referências pop que representavam a mente” do protagonista. Ele se inspirou no seu próprio quarto de adolescente.
• A cena em que Ferris vai, disfarçado, buscar Sloane foi filmada em frente à sua antiga escola.
• O sobrenome do protagonista foi inspirado em Bert Bueller, um dos amigos mais antigos de John Hughes.
• O endereço na casa de Ferris é o mesmo da casa de infância de John Hughes.