Do filme do diretor americano mais importante do momento – e maior esquecido das premiações de 2017 – passando por um pequeno grande filme francês, um blockbuster de primeira linha e dois duas narrativas sobre heróis brasileiros. A Gazeta o Povo preparou um roteiro de cinco filmes imperdíveis que valem a ida ao cinema neste feriado de Tiradentes (21 a 23). Confira a programação completa dos cinemas no Guia da Gazeta do Povo.
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1- “Patterson”,
de Jim Jamursch
Ignorado pelo Oscar e pelos principais festivais europeus, o filme de Jim Jamursch que estreia no Brasil nesta quinta (20) talvez tenha sido o melhor filme feito em 2016. O longa é sobre como a poesia e beleza podem existir na vida das pessoas comuns.
Paterson (Adam Driver) é um pacato motorista de ônibus na cidade com o mesmo nome, nos arredores de Nova York. Vive com sua mulher aspirante a artista e um buldogue. Patterson também é poeta e a trama gira em torno de uma vida parecida com a de tantas pessoas, mas sempre extraordinária.
Adam Driver é o vilão mascarado do último Star Wars e está ótimo como protagonista. Mas quem rouba a cena é o cachorro Marvin, na melhor interpretação canina do cinema em anos.
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2- “Os Cowboys”,
de Thomas Bidegain
Esta semana é provavelmente a última para assistir a este grande filme francês, agora com apenas uma sessão diária em Curitiba. O roteiro parte de um drama familiar real: numa pequena cidade francesa, após o desaparecimento de sua filha adolescente, um pai sai a sua procura e descobre que ela fugiu para lugar incerto com um namorado muçulmano. O homem e seu filho passam então a dedicar seus dias a essa busca num filme que discute de forma crítica a ascensão do islamismo na Europa ao mesmo tempo da derrocada de valores ocidentais.
O filme une o clássico ao muito contemporâneo, ao adaptar o argumento do mítico “Rastros de Ódio” (1956) de John Ford, mudando os comanches do século 19 pelos muçulmanos dos tempos atuais.
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3- “Joaquim”,
de Marcelo Gomes
Concorrente brasileiro ao Urso de Ouro no último Festival de Berlim, o filme do pernambucano Marcelo Gomes conta, à sua maneira, a história de José Joaquim da Silva Xavier, O Tiradentes narrada pelo próprio numa espécie de “memórias póstumas”.
O grande mérito do filme é mostrar que o Brasil, ainda precário e em construção do período colonial, já padecia dos mesmos problemas que o afligem como corrupção e compadrio.
O filme tem uma belíssima fotografia em primeiro plano e uma direção de arte primorosa ao recriar o rude Brasil dos 1700. O roteiro partiu de uma pesquisa histórica muito cuidadosa que humaniza e desconstrói os mitos de um dos poucos “heróis” brasileiros.
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4- “Vida”,
de Daniel Espinosa
Dois grandes astros, Jake Gyllenhaal e Ryan Reynolds, ótimos efeitos especiais e uma grande trilha sonora já seriam ingredientes convidativos para o primeiro grande filme do diretor colombiano. Porém, o terror sci-fi sobre uma criatura que apavora astronautas numa estação espacial é uma daqueles blockbusters que conseguem unir quem vai ao cinema atrás de adrenalina e ação como quem procura o bom cinema.
A ficção científica vive grande fase no cinema mundial. Alguns filmes do gênero como “A Chegada”, de Dennis Villeneuve, se tornaram clássicos instantâneos. Sem as mesmas pretensões filosóficas e existências do primeiro, “Vida” é um ótimo exemplo do gênero.
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5- “Pitanga”,
de Beto Brant e Camila Pitanga
O documentário por sua Camila Pitanga e por Beto Brant (“Um Crime Delicado”) narra a vida, a obra, a trajetória e a carreira de Antônio Pitanga, um dos maiores atores do cinema nacional de todos os tempos, protagonista de momentos marcantes da cinematografia brasileira e protagonista de filmes importantes dirigidos por nomes como Glauber Rocha, Cacá Diegues e Walter Lima Jr.
Pitanga é um personagem sensacional, mas os coadjuvantes no filme – os amigos e colegas que encontra ou falam sobre ele – roubam a cena. Em especial, Maria Bethânia e Nevielle D’almeida. O filme foi apontado por boa parte da crítica como o melhor longa brasileiro de 2016.
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