Gigante
Números expressivos marcam a turnê de Roberto Carlos
- 35 horas será o tempo que o Roberto Carlos passará cantando.
- 3.456 botões de rosas (12 dúzias a cada show) serão distribuídos ao final da turnê.
- 42 mil quilômetros serão percorridos somente no Brasil.
- 70 toneladas de equipamentos serão utilizadas em cada show
Há 50 anos Roberto Carlos subia ao palco da Boate Plaza, no Rio de Janeiro, para cantar músicas de João Gilberto. Era o início da história do garoto que saiu do interior do Espírito Santo para virar "Rei". Prestes a completar meio século de carreira, o cantor anunciou na última segunda-feira, em São Paulo, uma das maiores turnês de sua vida.
Serão 24 shows e 20 cidades a serem visitadas em um ano, incluindo Curitiba. Tudo começa em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo. A apresentação que marca o retorno do cantor a sua cidade natal depois de 14 anos será dia 19 de abril, data em que completa 68 anos de vida.
O maior show, para cerca de 60 mil pessoas, será no Maracanã, no dia 11 de julho. E o último espetáculo acontece em Nova Iorque, em abril de 2010. Na capital paranaense Roberto Carlos canta no dia 18 ou 19 de setembro. O local, bem como os valores e os preços dos ingressos, ainda não foram definidos. A turnê histórica faz parte do projeto Itaúbrasil 2009, que ainda trará uma exposição de filmes e imagens ao Parque Ibirapuera, em São Paulo, a partir de janeiro do ano que vem.
"Desde a primeira vez que cantei em rádio, decidi que era aquilo. Eu iria ser cantor," disse Roberto Carlos. Durante a turnê haverá shows-homenagem com convidados especiais em São Paulo em maio (Elas Cantam Roberto Carlos), agosto (RC Rock Symphony) e março de 2010 (Emoções Sertanejas).
"Não sei exatamente quem vai estar no palco, mas, como dizem meus imitadores, são tantas emoções", brincou o cantor, que disse imitar seus próprios imitadores.
Apesar de ter estreado nos palcos no Rio, Roberto Carlos também comentou sobre a importância da cidade de São Paulo. "A Jovem Guarda aconteceu aqui e tudo isso me mostrou para o Brasil," comentou o músico, vestindo o clássico paletó branco que cobria a inseparável camisa azul.
Em meio ao gigantesco tour nacional, o músico ainda finaliza um álbum com faixas inéditas, previsto para chegar às lojas neste ano. "Quero muito lançar esse disco. Tenho algumas composições com Erasmo (Carlos) e outras sozinho", explicou, ressaltando as diferenças entre o tempo atual e os anos 1960, auge da Jovem Guarda. "Fazíamos músicas em duas, três horas. Hoje a gente leva semanas. A nossa autocrítica aumentou e temos mais critérios", concluiu o parceiro do "Tremendão".
Roberto Carlos tem mais de 500 canções gravadas em 56 álbuns. E mesmo com toda a bagagem de 50 anos de palcos, mostrou-se interessado em novos artistas e humilde em relação a sua própria musicalidade. "Procuro sempre ouvir o que toca no rádio. É importante para saber o que eu tenho de aprender. São muitos nomes para citar, mas tem gente fazendo coisa muito boa por aí", disse o "Rei" , que confessou ser fã de Bob Nelson e Nelson Gonçalves.
Os risos que se seguiram depois de Roberto Carlos dizer que acha Hebe Camargo uma "gracinha" em resposta a uma pergunta sobre a festa de aniversário da apresentadora foram suspensos quando o tema abordado foi a sua biografia não-autorizada, escrita por Paulo Cesar de Araújo e recolhida a seu pedido.
Sua história sobre os palcos, entretanto, ainda deve ser contada em livro. E, dessa vez, com o carimbo real. "Com certeza penso em lançar uma biografia. Não exatamente escrita por mim, mas narrada por mim."
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O jornalista viajou a convite do Itaúbrasil.
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