• Carregando...
O artista Túlio Pinto foi um dos vencedores do prêmio aquisição com um conjunto de três esculturas | Henry Milléo/Gazeta do Povo
O artista Túlio Pinto foi um dos vencedores do prêmio aquisição com um conjunto de três esculturas| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Exposição

65.º Salão Paranaense

Museu de Arte Contemporânea (R. Des Westphalen, 16 – Centro), (41) 3323-5328. Inauguração hoje, às 17 horas. Visitação de terça a sexta-feira, das 10h às 19 horas. Sábados e domingos, das 10h às 16 horas. Entrada franca. Até 29 de março de 2015.

  • Projeção de Bruno Borne discute a perspectiva por meio de ferramenta contemporânea

Uma amostra do que há de mais criativo dentro da produção de arte contemporânea brasileira poderá ser vista na 65.ª edição do Salão Paranaense, que abre hoje, às 17 horas, no Museu de Arte Contemporânea (MAC). A exposição é formada por obras de 25 artistas brasileiros selecionados pelo júri – dois deles, ganharam o prêmio aquisição: o brasiliense radicado em Porto Alegre, Túlio Pinto, e o gaúcho Bruno Borne.

A escolha do comitê curatorial, formado por Angélica Moraes, Fernando Bini e João Henrique Amaral foi feita entre 618 propostas – os artistas que receberam o prêmio principal ganharam R$ 20 mil, mais a integração de suas obras ao acervo permanente do MAC. "Pensamos em uma ideia de conjunto, com obras que tivessem uma harmonia poética", destaca Bini. As mais diversas linguagens artísticas estão contempladas: desde pinturas, passando por esculturas e projeção em animação digital. Todos os 25 participantes escolhidos recebem R$ 7 mil.

Entre os artistas selecionados, três são do Paraná: Rettamozo (intervenção urbana e pintura coletiva, com Coletivo ComoVer), Tom Lisboa (projeto digital Vista Premiada) e Fábio Follador (vídeo, Plaquetas) – de acordo com Amaral, somente 10% das propostas enviadas ao salão eram de artistas do estado.

Segundo Angélica, a escolha da obra de Túlio Pinto – um conjunto de três esculturas formadas por aço e vidro – foi "unânime" entre o júri. "Ao mesmo tempo em que ele é herdeiro do neoconcretismo, também soma a isso uma contribuição muito contemporânea e atual, o que indica um percurso muito grande pela frente."

O artista explica que, além do aspecto escultórico, sua obra traz elementos gráficos e de instalação. "Todos os trabalhos lidam com essa questão da aproximação de materiais, além da característica do atravessamento do olhar", diz.

Já o trabalho de Bruno Borne, uma projeção de animação digital, une a ferramenta contemporânea com a preocupação com a perspectiva. "É uma obra extremamente precisa, com uma técnica complexa executada de forma perfeita. É um trabalho muito sedutor", salienta Angélica.

Aniversário

Criado em 1944 em homenagem ao pintor Alfredo Andersen (1860-1935), a edição de 2014 marca os 70 anos de existência do Salão Paranaense, um dos mais antigos salões de arte do país. Na década de 1970, com a criação do MAC, o prêmio passou a ser uma responsabilidade do museu. "Na época, Fernando Veloso estava à frente e o Salão passou a ter uma notoriedade nacional", relata a atual diretora, Lenora Pedroso, que destaca a importância do prêmio para o acervo do museu. "Hoje, temos um acervo excelente, com grande diversidade de artistas."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]