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Os atores Duda Woyda e Rafael Medrado estão à serviço de uma montagem pós-moderna que discute opressão e teatro | Fabio Peixoto/Divulgação
Os atores Duda Woyda e Rafael Medrado estão à serviço de uma montagem pós-moderna que discute opressão e teatro| Foto: Fabio Peixoto/Divulgação

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Mostra 2013

Confira o serviço completo das peças da Mostra 2013 do Festival de Teatro de Curitiba no roteiro da página 2 e saiba mais informações sobre os outros eventos do festival no Guia Gazeta do Povo.

  • A peça Hotel Fuck tem início na calçada

O Diário de Genet não é uma tentativa de recriar no palco do Teatro Marista momentos da conturbada biografia do polêmico escritor e dramaturgo francês Jean Genet (1910-1986), autor de textos teatrais clássicos como As Criadas e O Balcão. Tampouco pretende ser uma adaptação de seu livro autobiográfico Diário de um Ladrão, no qual o autor relata o que viu e viveu em sua juventude.

O espetáculo, que faz sua estreia nacional hoje na Mostra 2013 do Festival de Teatro, é uma soma de tudo isso: costura fatos da vida de Genet, cenas de suas peças, entre elas As Criadas e Os Negros, mas também trechos de textos que o autor, após desistir da ficção e de escrever para o teatro, começa a produzir. Reflexões de forte teor político, nos quais ele discorre sobre sua condição marginal, de artista, homossexual e transgressor. "Ele tomou essa decisão de parar, depois de ver uma montagem de O Balcão, de Ruth Escobar [em 1969], momento que também incorporamos à peça", conta o ator e produtor Duda Woyda, em entrevista à Gazeta do Povo.

O Diário de Genet tem direção e texto de Djalma Thürler, e integra uma trilogia, da qual fazem parte outros dois espetáculos da Ateliê Voador Companhia de Teatro, trupe hoje dividida entre Salvador e o Rio de Janeiro. Os outros dois espetáculos que completam o ciclo são O Melhor do Homem e Salmo 91, que com O Diário de Genet compartilham a preocupação de discutir, além da própria linguagem teatral, em suas amplas possibilidades, como a relação entre atores e personagens, falar de opressão, tanto no âmbito político quanto no físico, emocional e existencial.

O espetáculo, que Woyda diz estar alinhado com propostas do teatro contemporâneo e pós-moderno, também pretende discutir o próprio fazer teatral, personalizado por ele e seu companheiro de cena, o ator Rafael Medrado. O texto de apresentação da montagem resume: "É a reivindicação de uma poética marginal que discute os procedimentos teatrais e mostra seu claro desinteresse pela complexidade psicológica da personagem e a potencialização das relações entre ator e personagens".

Fringe

Confira alguns destaques de hoje na Mostra Paralela:

Hotel Fuck: num Dia Quente a Maionese Pode Te Matar

Espaço Cênico. Dias 6, às 19 horas, e 7, às 17 horas. Distribuição de senhas uma hora antes. A peça da campineira Santa Estação é baseada nas linguagens cinematográfica e teatral, e busca interferir nos espaços cotidianos da cidade.

Vazio É o Que Não Falta, Miranda

Teatro Experimental da UFPR (Teuni, na Praça Santos Andrade). Dias 6 e 7, às 18 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Peça sobre quatro atrizes e um diretor que tentam encenar Esperando Godot, de Samuel Beckett – mas sem sucesso.

Monstro Parte II: Hecatombe

Espaço Cênico. Hoje, às 17 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Três vozes da dramaturgia clássica passam por dificuldades sem saber como tudo começou.

Infantil

Sonho de Uma Noite de Verão

Cia. do Abração. Dias 6, às 18 horas, e 7, às 16 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Nesta versão do texto de Shakespeare pela Cia. do Abração, quatro velhinhos utilizam objetos para contar a estória dos encontros e desencontros de dois casais.

Rua

Voadeira no Circo É Pipoca Estourando

Praça Rui Barbosa. Dias 6, às 14 horas, e 7, às 18 horas. Entrada franca. Num circo mágico, os bonecos ganham vida, podendo, inclusive, se apaixonar.

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