Mostra também reúne 23 fotografias do artista, feitas por Melgar| Foto: Divulgação

Exposição

A Magia de Miró, Desenhos e Gravuras

Caixa Cultural (R. Cons. Laurindo, 280, Centro), (41) 2118-5114. Inauguração hoje, às 19h30. Visitação de terça-feira a sábado, das 9h às 20 horas. Domingo, das 10h às 19 horas. Entrada franca. Até 20 de julho.

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Serviço

Criando Laços

Praça do Bibinha – Hospital Pequeno Príncipe (R. Desembargador Motta, 1.070, Centro), (41) 3310-1010. Inauguração hoje, às 15 horas. Visitação diariamente, das 9h às 17 horas. Até 6 de junho.

69 obras em diferentes suportes estão na exposição
André Mendes durante pintura da fachada do HPP

Um dos mais renomados artistas da História da Arte Moderna, o "surrealista dos surrealistas" Joan Miró (1893-1983) deixou um amplo legado, com obras marcantes, inclusive em espaços públicos, como o mural Sol e Lua, que desenhou para a sede na Unesco, em Paris, em 1957. O lado mais intimista do artista, entretanto, costuma ficar de fora dos museus. É justamente essa a vertente explorada em A Magia de Miró, Desenhos e Gravuras, mostra que será inaugurada hoje, às 19h30, na Caixa Cultural.

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Nascido em Barcelona, Miró ficou conhecido por sua visão excluída de preconceitos e escolas. Entre os prêmios que recebeu, estão o de gravura da Bienal de Veneza, em 1954, e o Prêmio Internacional da Fundação Guggenheim, em 1958, pela sua obra no prédio da Unesco.

Os desenhos reunidos na exposição, feitos em diferentes suportes, bem como as fotografias do pintor pertencem ao acervo do curador, Alfredo Melgar. Conde de Villamonte, Mel­­gar é médico, trabalhou na área rural e foi professor da Cruz Vermelha, além de voluntário em campos de refugiados. Em paralelo, realizava o ofício de fotógrafo, e teve proximidade com diversos artistas, entre eles o espanhol, na década de 1970.

A convivência, além da amizade, rendeu um acervo de obras em diferentes suportes (Melgar fundou, nos anos 1980, a editora e galeria de arte próprias), bem como fotografias de Miró feitas por Melgar (todas em preto e branco), em diferentes momentos do cotidiano. Do acervo, 23 obras estarão expostas na Caixa, mais outras 69, como ilustrações (produzidas entre 1962 e 1983) e desenhos sobre papel com lápis e giz de cera feitos nos últimos cinco anos de vida de Miró.

"O acervo tem uma característica muito pessoal, da intimidade do dono com o trabalho do artista. Não foi uma aquisição puramente comercial. O público poderá ver certos suportes artísticos que nunca chegaram a um museu, e que são muito interessantes", destaca a produtora-executiva da mostra no Brasil, Denise Carvalho. Antes de Curitiba, a exposição ficou em cartaz em São Paulo e, depois da temporada local (até o mês de julho), segue para o Rio de Janeiro, Recife e Salvador.

Estudos

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Além das obras originais, outra característica que diferencia a mostra, de acordo com Daniela, é a possibilidade de o público ver o processo criativo de Miró – vários estudos e esboços, até a obra final, também estão no conjunto. "O grande mote dessa exposição é que o visitante pode ir na Fundação Miró, em Barcelona, por exemplo, e ter um acesso amplo a sua obra. Mas esse lado íntimo que está na mostra é único", destaca Daniela.

Crianças criam obras baseadas no clássico O Pequeno Príncipe

Desde o início desse ano, pacientes do Hospital Pequeno Príncipe (HPP), maior hospital pediátrico do país, se dedicaram ao projeto Criando Laços, no qual, em oficinas de artes visuais, criaram desenhos baseados no universo do livro O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, que completou 70 anos. O resultado do trabalho estará exposto, a partir de hoje, às 15 horas, na Praça do Bibinha, que fica dentro da instituição. A mostra é aberta ao público.

Além disso, outras pinturas, colagens e desenhos foram selecionadas para uma exposição internacional que abre amanhã, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

Em ambas as mostras, um catálogo bilíngue com obras das crianças, suas histórias e depoimentos sobre o projeto, viabilizado pela Lei Rouanet, estará disponível. É possível fazer o download gratuito do material a partir de hoje pelo site: www.criandolacos.com.br.

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Fachada

O universo fantástico da história de Saint-Exupéry também poderá ser visto por quem passar em frente ao hospital, já que o artista plástico André Mendes, experiente na criação de painéis monumentais, transformou as paredes do prédio da Emergência do SUS em um enorme grafite (de 1 mil metros quadrados), baseado nos personagens do livro.