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Estreia
The Last Ship Segundas-feiras, às 23h20, no canal pago TNT.
US$ 4 milhões é o orçamento aproximado de cada episódio da primeira temporada de The Last Ship.
Opinião
Só o Tio Sam salva
Juliana Girardi
O acesso mais fácil à tevê paga e aos equipamentos de alta definição não transformou apenas a vida dos telespectadores, mas, também, a da indústria televisiva e cinematográfica. Nesse sentido, The Last Ship é um híbrido perfeito entre as duas linguagens. A série de Michael Bay é um blockbuster dividido em episódios. O primeiro, "Phase Six", impressiona pela superprodução. A cena de combate entre membros do USS Nathan James contra rebeldes russos em plena neve do Ártico (na verdade, filmada no Canadá) é de arrebatar qualquer fã da obra do diretor de Armageddon. O argumento principal da série -- um vírus altamente transmissível e mortal que está prestes a colocar a raça humana em extinção -- também é um forte atrativo aos interessados em temas pós-apocalípticos. A diferença é que em The Last Ship, a desgraça é retratada de forma mais leve. Mais ou menos como um The Walking Dead para quem não tem tanto estômago, mas gosta de ação e rapidez narrativa (os episódios de The Last Ship contam com o dobro de cenas que normalmente compõem uma série, que é de 40 a 45). O problema de The Last Ship está na previsibilidade da narrativa. A cada episódio, a tripulação enfrenta um "inimigo" diferente para proteger a pesquisa da cura contra a pandemia global. Por mais que a ação non stop torne esse processo emocionante, não é um recurso suficiente para prender a atenção do público por muito mais temporadas. Resta saber que cartas os roteiristas tirarão da manga no futuro. GG
Um vírus dizimou 80% da população mundial e a civilização humana entrou em colapso. Entre os poucos sobreviventes não contagiados, está a tripulação do USS Nathan James, um navio de guerra da marinha norte-americana, onde também está, não por coincidência, a única possível cura para essa devastadora pandemia global.
Essa é a premissa básica de The Last Ship, nova série do canal pago TNT, cujo primeiro episódio será exibido no Brasil nesta segunda-feira, após atrair uma audiência de 7,4 milhões de espectadores nos Estados Unidos. Com produção executiva de Michael Bay (da franquia Transformers e dos filmes-catástrofe Pearl Harbor e Armageddon) e Jack Bender (de Família Soprano e Lost), a série é uma adaptação do livro homônimo de William Brinkley, publicado em 1988. Transportada da Guerra Fria para os dias de hoje, a narrativa é centrada no esforço da tripulação do navio para sobreviver ao vírus e na luta para produzir uma vacina contra ele.
Com um orçamento aproximado de US$ 4 milhões por episódio, The Last Ship dá ao público tudo o que se espera de um longa-metragem de Michael Bay: ação frenética, batalhas, explosões, efeitos especiais, mensagens otimistas e muito patriotismo. E, desta vez, a salvação do mundo está em mãos yankees com apoio total da marinha norte-americana. Parte das cenas foi filmada em navios verdadeiros, e os produtores tiveram acesso às equipes militar e civil como assessoras técnicas do elenco, que recebeu treinamento em diversos aspectos, como manejo de armamento e munições, educação militar e técnicas de combate e estratégia naval. "São personagens que enfrentam um desafio, um obstáculo interessante e que ainda não foi visto desta maneira na televisão. É um tema universal, portanto, não é preciso ser fã da marinha americana para gostar da série", garantiu o produtor Jack Bender, em entrevista à Gazeta do Povo, na ocasião do lançamento sul-americano da série, realizado na Cidade do México.
Personagens
À frente da "modesta" missão de salvar a humanidade, está o Capitão Tom Chandler (Eric Dane), um fuzileiro naval cuja personalidade varia, na mesma medida, entre o autoritarismo e a ética. Dane, sucesso como o Dr. Mark "McSteamy" Sloan, de Greys Anatomy, pela primeira vez protagoniza uma série desde seu início. "Tudo aconteceu muito rápido em Greys Anatomy. Todo mundo já amava o programa quando eu entrei. Até então, eu nunca havia feito parte de uma série desde o começo, antes de ela fazer sucesso e isso é desafiante", contou o galã, que sempre quis trabalhar em um projeto de Michael Bay.
Ao lado do comandante Mike Slattery (Adam Baldwin), o capitão vivido por Dane comanda uma tripulação de cerca de 200 pessoas, que após meses em alto mar em uma missão sem comunicação por rádio, sequer imaginam a situação catastrófica que se instalou mundo afora. De repente, deparam-se com uma realidade terrível, não sabem se suas famílias estão vivas, não há inimigos ou aliados e voltar para casa é uma sentença de morte.
A bordo do navio também está a Dra. Rachel Scott (a belíssima atriz inglesa Rhona Mitra), uma virologista encarregada de investigar a origem do vírus e elaborar uma possível vacina. Rhona, que há dois anos vinha pesquisando sobre neurotoxinas presentes em vacinas, disse que o papel serviu-lhe como uma luva. "Eu já vinha mantendo contato com virologistas há dois anos, pois é um assunto que me interessa muito. Quando me perguntaram se eu gostaria de interpretar uma pesquisadora em busca de uma vacina para salvar a humanidade, pensei: é, isso faz muito sentido!", revelou, muito simpática.
Porém, a pesquisa de Rachel, inicialmente mantida em segredo da tripulação, é revelada após uma expedição ao Ártico, em que a cientista encontra a fonte primordial causadora da doença fatal. A partir deste momento, o USS Nathan James se torna alvo dos mais variados inimigos: russos (sempre eles!), terroristas da Al-Qaeda e até um ditador da Nicarágua, que tentam de todas as maneiras se apossar dos estudos da bióloga e tomar a cura para si.
Cabe ao Capitão Tom Chandler e sua equipe livrarem-se de todos eles, um por um, seja como for. Pelo bem do que resta da humanidade.
A jornalista viajou a convite da TNT.
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