Cinema
Confira informações deste e de outros filmes no Guia da Gazeta do Povo.
O roteiro é clichê e a fórmula na medida para agradar ao público jovem. Mesmo assim, é impossível não derramar lágrimas em A Culpa É das Estrelas, adaptação do best seller homônimo de John Green, dirigido por Josh Boone, em cartaz nos cinemas desde ontem.
A trama conta a história de amor de dois adolescentes com câncer. Hazel Grace (Shailene Woodly), uma garota de 17 anos que tem metástase no pulmão e por isso anda com um tubo de oxigênio, e Augustus Waters (Ansel Elgort), 18 anos, que em decorrência de um tumor ósseo tem uma perna mecânica. Os dois se conhecem em um grupo de apoio para jovens doentes e logo no primeiro encontro se apaixonam. Mas, por conta de suas condições de saúde e o medo de morrer e fazer o outro sofrer, custam a deixarem de ser apenas amigos.
É essa tensão amorosa, em meio a muitas cenas românticas e diálogos bem humorados e sarcásticos, que prende o público. Foi assim no livro, é assim no filme, uma reprodução fiel da obra, inclusive nos detalhes que viraram uma espécie de jargão entre a garotada, como a expressão "isso é uma metáfora", usada recorrentemente por Gus.
Mas não espere digressões profundas sobre vida, morte e doença. Mesmo diante de temas complexos, o fio condutor é sempre o amor adolescente, contado sob uma perspectiva singela e natural.
Heroína simples
Hazel Grace tem tudo para inspirar o público. Típica heroína dos blockbusters que estouraram no mundo teen nos últimos anos, é forte, corajosa, inteligente e independente. Tudo isso coroado pela ótima atuação de Shailene (que estourou em Hollywood com o filme Os Descendentes). Em uma das cenas mais emocionantes, o próprio choro da personagem é suficiente para causar comoção.
Mas, além dela outros dois atores se destacam, o coadjuvante Ansel Elgort que consegue ser convincente no papel, ainda que não da mesma forma que Shailene e o veterano Willem Dafoe, que interpreta o escritor ranzinza autor do livro preferido de Hazel, responsável pela viagem do casal a Amsterdã.
Em entrevistas durante a divulgação do filme, John Green não cansou de dizer que queria mostrar com A Culpa É das Estrelas que a vida é engraçada mesmo quando é triste. Por isso, não espere apenas choro durante a sessão, pois as risadas também vão acontecer. São elas que ajudam a dar naturalidade à história e tornar o clima menos tenso.
A trilha sonora do filme apostou no independente e acertou. Duas das mais interessantes são as canções All of the Stars", do jovem Ed Sheeran, e "Let Me In", da banda Group Love. GGG
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