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Capa do CD "Martinho da Vila, do Brasil e do Mundo" | Reprodução
Capa do CD "Martinho da Vila, do Brasil e do Mundo"| Foto: Reprodução

Por que dançar?

O professor Walmir Secchi selecionou alguns dos benefícios que a dança pode trazer para o corpo e para a alma:

- Faz bem para o coração, tanto para os cardíacos quanto para os amantes.

- Promove espontaneamente a sociabilização e a inclusão social;

- Controle do stress, ansiedade, e conseqüente obesidade.

- Desenvolve a consciência corportal, diminuindo o distanciamento da comunicação mental-físico.

- Melhora a auto-estima, capacidade de superação, quebra de bloqueios e paradigmas.

- Trabalha com a inibição e a timidez, tornando as pessoas mais ativas, decididas e confiantes.

Atrás de um painel de vidro, cerca de 35 pessoas repetem movimentos ritmados ao som de Zouk – gênero musical que surgiu nos países de colonização francesa e que foi trazido para o Brasil. A fusão do ritmo com a lambada resultou na lambada-zouk, uma das danças mais procuradas no Centro de Dança Latina Walmir Secchi, pioneira no país e a maior da Região Sul.

"Todos os que trabalham hoje com dança de salão no Brasil devem muito à lambada. Junto com a salsa no Caribe e o tango na Argentina, a lambada criou um cinturão de dança no país que revolucionou a modalidade a partir da década de 80", explica Walmir Secchi, professor de dança e criador da escola. O primeiro estúdio aberto por Secchi foi nos anos 90, após trabalhar alguns anos em academias e passar pela Faculdade de Artes da UFPR, onde cursou música, e pelo Teatro Guaíra, onde estudou dança clássica.

Para Secchi, a lambada foi o ritmo que conseguiu criar uma unidade na dança a dois de norte a sul do páis. O samba – tradicionalmente a dança mais lembrada em solos tupiniquins – não conseguiu ser um gênero que reunisse toda a população brasileira. Grandes nomes da dança de salão brasileira, incluindo Carlinhos de Jesus, surgiram com o boom da lambada, nos anos 80. "Foi o momento em que a dança ganhou em técnica e profissionalismo, deixando de ser uma atividade somente de recreação", aponta.

A dança entrou na vida de Secchi de forma intuitiva, sem grandes rupturas. "Ela permite você realizar um trabalho que agregue alguma coisa à vida das pessoas. Sempre tive muito interesse pela história da humanidade, estudei latim, grego, francês e a dança entrou em meu caminho naturalmente", conta. Ao longo dos 17 anos de existência, a escola já formou mais de 14 mil pessoas nos cursos de dança latina, que incluem aulas de salsa, samba, cha cha cha, forró, merengue, bolero e lambada-zouk, além das aulas de tango que são ministradas paralelamente.

Atualmente, o Centro de Dança Latina conta com cerca de 700 alunos matriculados e 18 professores, muitos dos quais formados pela própria escola. A flexibilidade dos horários – o centro funciona sete dias por semana, em horários variados – e o sistema de créditos – que permite ao aluno escolher as modalidades e administrar as suas aulas – tornaram a escola referência no ensino de dança de salão no país. O centro possui duas unidades em Curitiba, que ministram um ritmo por semana. "Víamos que nas academias eram ensinadas todas as modalidades juntas, o que não permite uma evolução. Trabalhamos um ritmo por semana para poder aprofundar na mecânica, técnica e características de cada um deles", explica Secchi, que discorda que existam pessoas "duras". "Todo mundo pode aprender a dançar com um pouco de esforço e técnica adequada", afirma.

Noitadas latinas

A falta de lugares para poder pôr em prática o que aprenderam no Centro de Dança levou os alunos a proporem uma festa que reunisse todas as modalidades de dança latina. Surgida há oito anos, a Noite de Dança Latina se tornou a maior festa de dança de salão do Brasil, com uma média de 600 pessoas por edição, tanto de alunos, quanto de interessados em geral. "Queríamos recuperar o ritual de sair para dançar a dois, e notamos que os jovens adultos têm muito poucas opções de lugares", aponta Secchi. A próxima edição da festa acontecerá no dia 3 de agosto. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente nas sedes da escola.

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Serviço: Centro de Dança Latina Walmir Secchi. Sede Alto da XV: (Rua Reinaldino S. de Quadros, 87) (41) 3264-4141. Sede Champagnat: (Trav. Abilio César Borges, 110) (41) 3335-4141. De segunda a sexta-feira das 8h30 às 21h30; sábados, das 10h30 às 18h30; e domingos, das 16h30 às 20h30. Mais informações pelo www.danca.com.br

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