• Carregando...
Veja as atrações do palco Mundo do Rock in Rio |
Veja as atrações do palco Mundo do Rock in Rio| Foto:

Festival tem escalação mais pop e "veterana"

Depois de dez anos de edições europeias, em Lisboa e Madri, o Rock in Rio está de volta à cidade natal, a partir de amanhã, para oferecer uma série de shows em dois fins de semana, até o dia 2 de outubro. Agora, o festival lança sua quarta edição brasileira – e a mais pop de todas.

As grandes atrações internacionais que se enquadram com mais facilidade na categoria rock são Red Hot Chili Peppers, Snow Patrol e Guns N’ Roses, além do metal de Motörhead, Slipknot, System of a Down e Metallica. O Coldplay, por sua vez, também tocará no evento, mas fechando um dia de escalação que tende para o pop. O que dá o tom é uma enxurrada de nomes que alugaram as paradas nos últimos dois ou três anos. Rihanna, Katy Perry, Shakira, Maroon 5 e Ke$ha tiveram, juntos, 32 canções entre as dez mais reproduzidas nas rádios e na internet nos Estados Unidos.

Mesmo na categoria "veteranos", com Guns N’ Roses em seu terceiro Rock in Rio consecutivo, a balança pesa para nomes do pop, com nomes como Stevie Wonder e Elton John. Entre artistas brasileiros, enquanto o Sepultura é colocado no segundo palco, a arena principal terá Claudia Leitte e Ivete Sangalo. Além do caráter pop, a nova edição do festival é a mais feminina da história. Nos 56 shows programados para os palcos Mundo e Sunset, 23 cantoras vão se apresentar.

Para Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial – que vai para seu terceiro Rock in Rio –, a estranheza das muitas atrações pop não leva em conta o histórico do festival. "Desde a primeira edição, em 1985, o Rock in Rio teve essa mistura. Lá estavam o Iron Maiden e o Ozzy, mas também Elba Ramalho", declara Dinho. As 700 mil pessoas que esgotaram os ingressos são avalistas dessa mistura de estilos.

Da Redação, com agências

  • Os DJs Leozinho, Rodrigo Paciornik e Fabrício Peçanha: formato das apresentações, que têm bateria e intervenções de vídeo, é inspirado em shows de bandas

Depois de marcarem a cena eletrônica de Curitiba, a partir do fim dos anos 90, e se firmarem como um dos principais nomes das pistas de todo o país, Leozinho Arlant e Rodrigo Paciornik são os únicos representantes da música do Paraná no Rock in Rio, que começa amanhã (leia mais na matéria ao lado). Junto com o gaúcho Fabrício Peçanha, que se uniu à dupla em 2002, os DJs formam o Life Is a Loop – uma das atrações do palco eletrônico do megafestival.

Este não é o primeiro festival de bandas em que o trio se apresenta. O coletivo, que surgiu de uma festa para comemorar o milésimo show de Leozinho e Paciornik, já tocou em eventos como o SWU, Lupaluna e Planeta Atlântida. "A música eletrônica está muito forte e os festivais perceberam isso. Não é um clube underground, de poucas pessoas. Tem grandes produções, gera mercado e atrai patrocinadores", diz Paciornik, em entrevista por telefone à Gazeta do Povo. Assim como os outros integrantes do Life Is a Loop, o DJ mora em Santa Catarina – um polo da música eletrônica do país.

O convite para o Rock in Rio foi uma espécie de reconhecimento do projeto Life Is a Loop. De acordo com Paciornik, a direção artística do festival não pretendia convidar coletivos para se apresentar, mas o nome do trio foi "unanimidade". "No Rock in Rio de 1985 eu tinha 12 anos e falava: ‘cara, que legal esse festival’. Imagine, vinte anos depois e eu estou lá, tocando. Se eu tivesse que encerrar a carreira no sábado [depois da apresentação no primeiro dia do festival], estaria satisfeito", brinca o DJ, que começou a se apresentar com Leozinho em 1998, na extinta Rave Night Club, em Curitiba. Foi nessa época que Paciornik, que é baterista, apresentou a ideia de tocar percussão ao vivo, junto com a discotecagem do parceiro. "A cena eletrônica estava começando a ganhar força no Sul – em Curitiba, principalmente. E o público gostou da fusão."

As apresentações foram ganhando um formato mais próximo dos shows de bandas. "Percebemos que o público que ia ver apresentações dos DJs queria coisas diferentes", explica. "Hoje, usamos vídeos e efeitos, fazemos o público participar e levamos convidados, sempre procurando fazer tudo no momento certo", diz o DJ, que cuida da produção do show, enquanto os companheiros fazem a pesquisa musical. "O Fabrício faz um som mais conceitual do que comercial, e mais ligado ao tecno. Ele se preocupa em trazer novidades. Eu e o Leozinho, que é mais ligado ao tech-house, levamos um som mais energético, mais progressivo e com bastante melodia", diz. "Essa é função do DJ: informar e divertir."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]