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Seguindo uma espécie de linha evolutiva iniciada em Bloco do Eu Sozinho, segundo disco que marcou uma virada no som da banda, não chega a ser surpresa que 4 seja o mais calmo e introspectivo trabalho da carreira do Los Hermanos. A pegada rock, ainda presente em muitas faixas de Ventura, registro anterior, dessa vez foi praticamente deixada de lado, revelando-se uma aproximação cada vez maior dos compositores do grupo, Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante, da MPB.

A veia mpbística é mais notada nas sete canções do primeiro, que apresenta interpretações mais contidas e solta a voz de verdade apenas em "Horizonte Distante", uma das poucas faixas a contar com metais – outra ausência percebida no álbum, pois sempre foram uma das marcas das músicas do quarteto carioca.

Amarante responde por cinco faixas – o que faz de 4 o disco mais equilibrado entre os dois compositores; a dupla novamente não trabalhou em conjunto, algo que aconteceu pela última vez em Bloco... O "ruivo" é o responsável pelos momentos mais agitados do CD – o pop-rock "O Vento", primeiro single, e o rock "Condicional" (muito próximo de "Cara Estranho", de Ventura).

As letras, em geral, são românticas. E continua a preocupação do grupo em apresentar arranjos elaborados – "Dois Barcos", música que abre o registro, tem clarinetes, fagotes, trompas e piano. Mas, ao mesmo tempo, a simplicidade é a marca da maioria das faixas de 4. O novo disco parece ter sido feito para ser acompanhado em espaços especias, como teatros, o que os curitibanos vão poder conferir na apresentação marcada para o Guairão. GGGG

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