"A Fonte da Vida" é uma longa dissertação do roteirista e diretor Darren Aronofsky sobre os benefícios da morte. No início do filme, alguém diz que "a morte é o caminho para a reverência". Uau. Não é isso o que os autores de atentados suicidas são levados a crer?
Mas o terrorismo não é o alvo do cineasta. Aronofsky nos apresenta uma história sobre a busca pela fonte da juventude, história que abrange três encarnações - desde a época dos conquistadores espanhóis até o século 26, passando pelos tempos de hoje.
O filme conta com grandes nomes como Hugh Jackman, Rachel Weisz e Ellen Burstyn, sets fantásticos que incluem guerreiros maias, a árvore da vida e uma nave espacial bolha que viaja entre as estrelas, e um quadro de referências que remete à história de Adão e Eva no Jardim do Éden.
Há um quebra-cabeças bíblico que precisa ser decifrado, de modo que, se a Warner Bros. Pictures e a 20th Century Fox conseguirem de alguma maneira amarrar alguma referência a "Código Da Vinci" à divulgação do filme, é possível que tenham bom retorno nas bilheterias. Se não...
Talvez tudo não passe da imaginação febril de um pesquisador médico chamado Tommy (Jackman), cuja bela mulher, Izzy (Weisz), sofre de câncer cerebral em estado terminal. Tommy não quer que Izzy morra, é claro, e acha que poderá impedir sua morte se conseguir o tratamento certo para ela.
Ele e sua equipe estudam uma cura para tumores cerebrais. Mas o trabalho que fazem é com chimpanzés, o que significa que ele pode testar um composto experimental com um velho chimpanzé chamado Donovan - algo que não seria autorizado a fazer com sua mulher.
O composto foi trazido da floresta equatorial, onde, numa vida anterior, Tomás era um militar espanhol que tentava salvar a rainha Isabela da malvada Inquisição. Esta afirmava que as pessoas eram pecadoras e estavam destinadas a ir para o inferno, de qualquer maneira.
Quando não está ocupado sendo Tommy ou Tomás, Jackman é visto no futuro no papel de Tom, um astronauta que lembra David Carradine em "Kung Fu", mas sem o rabicho de cabelo. Ele vagueia no espaço numa nave-bolha e passa algum tempo perto de uma grande árvore, com cuja seiva espera poder salvar não apenas a rainha Isabela, mas também Izzy.
Hugh Jackman faz tudo o que seus papéis lhe pedem, e sua gama de atuação é admirável. Rachel Weisz, que não tem nada a provar, se sai muito bem em simplesmente ser bela.
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