Competidores
Confira quais filmes concorrem à Palma de Ouro do 65º Festival de Cannes:
Moonrise Kingdom, de Wes Anderson (filme de abertura)
Rust & Bone, de Jacques Audiard
Holy Motors, de Leos Carax
Cosmopolis, de David Cronenberg
Paperboy, de Lee Daniels
Killing Them Softly, de Andrew Dominik
Reality, de Matteo Garrone
Amour, de Michael Haneke
Lawless, de John Hillcoat
In Another Country, de Hong Sang Soo
The Taste of Money, de Im Sang-Soo
Like Someone in Love, de Abbas Kiarostami
The Angels Share, de Ken Loach
Beyond the Hills, de Cristian Mungiu
After the Battle, de Yousry Nasrallah
Mud, de Jeff Nichols
Vous Navez Encore Rien Vu, de Alan Resnais
Post Tenebras Lux, de Carlos Reygadas
Na Estrada/On the Road, de Walter Salles
Paris Amour, de Ulrich Seidl
The Hunt, de Thomas Vinterberg
Innebel, de Sergei Loznitsa
Neste momento, a atenção dos franceses está obviamente dividida entre duas importantes estreias. Uma, política, a de seu novo chefe de Estado, o socialista Hollande, que ontem mesmo, em seguida à posse, foi jantar em Berlim com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, para tratar da renegociação do pacto europeu. E a outra, festiva e mundana, que acontece hoje, é a gala oficial de abertura do 65.º Festival de Cannes, o maior fenômeno midiático já produzido pelo cinema mundial.
Na pior das hipóteses dispostos a manter o alto nível da edição de 2011, que entregou ao mundo títulos da magnitude de Melancolia e A Árvore da Vida, os organizadores prepararam para este ano uma seleção que, a princípio, parece destinada a ampliar a inquestionável liderança que a mostra francesa mantém há décadas em dois polos: o comercial e o artístico, não necessariamente nesta ordem.
Nas últimas horas, o mais charmoso balneário da Côte dAzur já recebeu mais de 30 mil profissionais. Além dos quase 5 mil jornalistas credenciados (este efetivo perde somente para a cobertura da Olimpíada), desde já existe a cifra recorde de cerca de 10 mil empresários do setor cinematográfico, gente de todos os cantos do mundo que movimentará bilhões de dólares comprando e vendendo produções prontas ou ainda na linha de montagem no Marché du Film, o mais tradicional e importante balcão de negócios da industria do audiovisual de entretenimento.
No segmento artístico, que garante filmes não somente com novidades estéticas e temáticas, há toda uma constelação de personalidades que gravita ao redor das várias seções da seleção oficial. A oferta de 2012 é esmagadora, de filmes e de celebridades (a presença de Hollywood em Cannes é sempre muito forte, o que garante o foco no tapete vermelho). No quesito cinema, há desde clássicos restaurados de David Lean, Sergio Leone, Alfred Hitchcock, Roman Polanski, Steven Spielberg e Agnes Varda até os mais recentes títulos de Bertolucci, Dario Argento, Takashi Miike e Philip Kauffman, todos fora de competição.
Competitivas
Mas o centro das atenções da cinefilia e da mídia à procura das ousadias da vanguarda são os 22 títulos da Competição que disputam a Palma de Ouro e os 19 da seção paralela Um Certo Olhar, também competitiva e nicho de preciosidades que frequentemente reserva longas-metragens do mesmo calibre da mostra principal. Como vem ocorrendo nos últimos anos, o sexagenário Festival de Cannes anda em busca de renovação. Por isso, embora não faltem alguns mimados ou queridinhos da curadoria (este ano foram avaliados pouco mais de 1,7 mil filmes), como Abbas Kiarostami, Michael Hannecke, o indefectível Ken Loach e o quase nonagenário Alain Resnais, há uma boa dose de sangue novo, entre estreantes e habitués mais recentes, como o russo Sergei Loznitsa, o australiano John Hillcoat, o mexicano Carlos Reygadas, o norte-americano Jeff Nichols e o próprio brasileiro Walter Salles.
Pela terceira vez na competição principal em oito anos (Diários de Motocicleta e Linha de Passe, 2004 e 2008, respectivamente), Salles trouxe a Cannes a tão esperada adaptação do romance On the Road (Na Estrada, o título do filme em português), de Jack Kerouac, o guru da cultura beat surgida no fim dos anos 1950. Mas o Brasil ganhou mais espaço neste festival: Cacá Diegues com Xica da Silva, Nelson Pereira dos Santos com A Música Segundo Tom Jobim e Eduardo Coutinho com Cabra Marcado para Morrer são homenageados especiais da mostra. É bom não esquecer que há 50 anos o país saía daqui com sua única Palma de Ouro, conferida a O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte. Há ainda a presença de um curta brasileiro, O Duplo, de Juliana Rojas, selecionado para a Semana da Crítica, outra paralela de peso neste universo de imagens.
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