Os curitibanos terão a oportunidade de conhecer hoje a irreverência e a qualidade musical de uma das principais tunas portuguesas, como são chamadas as orquestras formadas por estudantes naquele país. Depois de 1999 e 2005, a Tuna de Medicina do Porto volta pela terceira vez ao Brasil e fará apenas uma apresentação na capital paranaense ? às 18h30 desta segunda-feira, no auditório da Faculdade de Educação Superior do Paraná (Fesp).
» Assista à apresentação da Tuna Universitária do Minho
As tunas fazem parte de uma tradição cultural lusa originada no século 19 e que não chegou a ser propagada em terras tupiniquins. As bandas são numerosas, chegando a meia centena de integrantes, e os arranjos ganham leveza com a execução harmoniosa de diversos instrumentos ? acordeão, guitarra portuguesa, trompete, bandolim, cavaquinho, saxofone, violino e percussão.
Entre os pontos altos dos concertos das tunas estão os emocionantes solos vocais e os envolventes malabarismos e coreografias feitos com bandeirolas e pandeiros, que tornam as apresentações ainda mais animadas.
Esses grupos musicais fazem parte da vida acadêmica portuguesa. Universidades de todas as regiões do país chegam a ter mais de uma tuna, criadas geralmente dentro de cursos e associações universitárias. Os rapazes são a grande maioria, mas, em alguns casos, os grupos são formados exclusivamente por mulheres. Durante o ano, as bandas se encontram em festivais que contam com a presença de tunas de outros países.
Os repertórios variam de acordo com o grupo. A Tuna de Medicina do Porto ? fundada em 1991, com três discos gravados e apresentações em mais de 30 países ? traz em sua lista de canções clássicos das décadas de 30, 40 e 50, além de adptações e composições próprias. Contudo, é de se esperar que, em turnê pelo Brasil (com Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis e Salvador também no roteiro), os gajos tenham preparado surpresas aos espectadores brasileiros com algumas músicas de compositores locais.
Tradição
Diferentemente da imagem difundida por séries e filmes americanos ? em que bandas estudantis são vistas com preconceito, como redutos de alunos excluídos e rejeitados por outros grupos ?, em Portugal, as tunas têm espaço reconhecido e disputado dentro das universidades. Para entrar efetivamente em uma tuna, é preciso enfrentar uma seleção e os ?caloiros? passam por um período de estágio. Os tunos, como são conhecidos os integrantes das bandas, são identificados de longe nos câmpus ? embora usem trajes pretos como os demais estudantes, as vestimentas têm recortes e acessórios diferenciados.
E as tunas não ficam restritas aos muros das universidades. Elas são protagonistas de uma das noites mais aguardadas por moradores de cidades e regiões universitárias ? a noite da serenata. Sim, embora essa palavra seja nostálgica a muitos por aqui, em Portugal, embora não muito frequente, ela continua presente no cotidiano lusitano. Em cortejo, as tunas saem às ruas e param sob janelas em que senhoras, moças e meninas ansiosas aguardam pelas canções. Momentos que ficam na memória e nos ouvidos.
Saiba mais sobre as tunas de Portugal: assista à apresentação da Tuna Universitária do Minho
Serviço
Tuna de Medicina do Porto. Auditório da Faculdade de Educação Superior do Paraná ? Fesp (R. Doutor Faivre, 141 ? Centro), (41) 3028-6500. Hoje, às 18h30. Entrada franca.
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