Diante de "A Lenda do Zorro" (The Legend of Zorro, EUA, 2005), que chega aos cinemas do país hoje, é difícil não lembrar a famosa expressão: "em time que está ganhando não se mexe". Pois, clichê à parte, lá está novamente o carisma de Antonio Banderas na pele do fidalgo Don Alejandro de la Vega, que secretamente cobre-se de preto para lutar pelos oprimidos tornando-se Zorro, o herói-espadachim. Catherine Zeta-Jones também está de volta. A atriz interpreta Elena, a mulher do mascarado. A bela morena mostra-se tão habilidosa na luta e nas artimanhas que, por vezes, acaba deixando o lendário Zorro em segundo plano.

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A direção continua com o neozelandês Martin Campbell ("007 Contra Goldeneye"), que garante os combates espalhafatosos, inverossímeis e muita, muita pirotecnia nas cenas de ação. Quem ficou de fora foi o veterano Anthony Hopkins, cujo personagem morreu no final da primeira saga.

No filme, a dupla de protagonistas, casada há dez anos, entra em crise e Elena pede o divórcio. Sozinho, Alejandro não se conforma com a atitude da mulher, ainda mais quando ela passa a freqüentar a casa de um almofadinha. Joaquim (Adrian Alonso), o filho serelepe do herói, também se rebela contra o pai e Zorro entra em crise e vê-se decadente. Pior: a população da Califórnia precisa de alguém que o defenda, pois um grupo de malfeitores conspira para impedir que o território torne-se o 31º Estado americano. A história se passa em 1850.

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Enfim, os elementos de "A Máscara de Zorro" (1998) seguem aqui quase inabalados por conta do enorme sucesso do primeiro longa-metragem, que arrecadou US$ 250 milhões. Sendo assim, a seqüência era tida como certa e, pelos padrões hollywoodianos, até que demorou para se concretizar. Quem gostou do primeiro, deve adorar. Mas se não for o seu caso, fuja a cavalo.