O maior artista lírico, a mais linda, maravilhosa e eloqüente voz de tenor de todos os tempos nos deixou para sempre.
Ele é e será sempre uma lenda viva para o mundo que o admirou. Resta a saudade para os cantores, seus colegas e amigos que puderam apreciar sua singular personalidade artística.
Os jovens cantores se espelharam nele, tentando seguir seus passos, buscando aprender sempre, ouvindo-o ao vivo ou em suas gravações, com sua maravilhosa e incomparável arte de cantar que comovia milhões de pessoas.
Pavarotti também concentrou muito de sua energia ajudando jovens cantores.
Além de master classes, organizou o Concurso Internacional de Filadélfia (EUA) em 1981, após 20 anos de sua estréia em Reggio Emilia, em 1961, cantando a ópera La Bohéme, de Puccini, da qual foi o maior intérprete.
Ele ofereceu com o concurso a oportunidade para centenas de cantores de estrearem em óperas cantando ao lado dele, e muitos fizeram e estão fazendo grande carreira.
Estreamos juntos em Reggio Emilia (1961), onde ele recebeu o primeiro prêmio masculino e eu o feminino, onde também estreei na ópera Lucia de Lammermoor, de Donizzetti, no Teatro Municipal de Reggio Emilia, Itália.
Todos estes anos sempre fomos bons amigos.
Organizei no Brasil (São Paulo) em 1981 o primeiro Concurso Pavarotti para a América do Sul, no qual venceram Leila Guimarães, que se tornou uma das maiores cantoras brasileiras, e Carmo Barbosa, que também fez uma ótima carreira. Os dois tiveram a oportunidade de cantar com Pavarotti na ópera La Bohéme em Filadélfia.
Em 1992, fui convidada para o Concurso Internacional em Filadélfia, onde venceu minha aluna Denise Sartori, de Curitiba e, em 1995, Alpha de Oliveira, de Belém do Pará, além de muitos outros alunos que foram finalistas.
Pavarotti contribuiu na deselitização da música denominada "clássica", popularizando-a através de canções italianas e internacionais. Com sua presença artística, imortalizou-as.
Eternamente lembrado por sua lição de vida.
Neyde Thomas é professora de canto lírico
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