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Banda mais hypada e comentada dos últimos anos, o Arctic Monkeys está chegando ao segundo disco com Favourite Worst Nightmare, lançado no Reino Unido pela EMI na última segunda-feira – como é comum atualmente, o álbum já havia vazado na internet há algumas semanas, primeiro algumas faixas e, no início de abril, completo; o CD chega ao Brasil na próxima semana.

O novo trabalho era aguardado com ansiedade pela crítica e fãs, depois da ótima estréia do grupo com Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not (lançado no Brasil pela Trama, em 2006), que detém o recorde de disco mais vendido da Terra da Rainha na primeira semana de lançamento, com quase 400 mil cópias comercializadas.

E Favourite Worst Nightmare deve agradar quem apreciou o CD anterior, pois Alex Turner (guitarra e vocais), Jamie Cook (guitarra), Nick O’Malley (baixo, substituindo Andy Nicholson) e Matt Helders (bateria) mantém praticamente o mesmo estilo – e melhor, a mesma vitalidade – da estréia. Diferente de muitas bandas, o quarteto de Sheffield não sucumbe ao peso da "maldição" do segundo disco que, muitas vezes, abrevia a carreira de grandes promessas.

Depois do trabalho com Jim Abbiss (que também assinou discos do Kasabian e Placebo), o Arctic Monkeys teve a produção do novo CD a cargo de James Ford (do duo Simian Mobile Disco, hype atualmente nas colagens de música eletrônica e rock) e Mike Crossey, que não mexeram no som da banda.

A energia adolescente de "Fake Tales of San Francisco" e "I Bet You Look Good on the Dancefloor", sucessos de Whatever People Say, também podem ser encontradas em "Brianstorm" (primeiro single do CD), na ótima "D is for Dangerous" (que tem uma pulsante linha de baixo e percussão) e "Balaclava", três das canções que abrem o novo trabalho. Na mesma linha, destacam-se ainda "Fluorescent Adolescent" e "Old Yellow Bricks". Mas ainda sobra espaço para algumas faixas mais calmas e (por que não?) românticas como "Only Ones Who Know", "Do Me a Favor", que começa bem leve para estourar ensurdecedora no final, e a bela "505", que fecha o álbum.

As letras retratam relacionamentos e o cotidiano de jovens garotos e garotas, pessoas de idades próximas às dos integrantes do Arctic Monkeys, que entraram recentemente na faixa dos 20 anos – quando o grupo estourou, em 2003, com apenas algumas músicas, Turner e companhia tinham pouco mais de 17 anos.

A música do Arctic Monkeys é um rock simples, tradicional. O segredo está na vibração do grupo, que pode ser comprovada nos shows (sempre com imagens disponíveis na internet). É um bom nome para os principais festivais de música que o Brasil organiza no segundo semestre. Se o quarteto britânico fechar com algum evento nacional, não perca. A garantia de boa música e muita festa na certa. GGGG

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