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Trajetória

- O Alma Sonora foi premiado duas vezes no Fecef, festival da cidade paulista de Franca, onde se conheceram, além de terem sido selecionados para a etapa nacional do Festival de Música Cidade Canção, em Maringá, e vencido o Festival de Música de Paranavaí.

- Nenhum dos integrantes do Alma Sonora vive de música. André é fisioterapeuta; Saulo, advogado; Alexandre, dentista; e Douglas, engenheiro civil.

- O projeto gráfico do novo CD do grupo, Segundo, desenvolvido por Giovana Nazareno, em tons de preto e branco, busca uma relação entre o yin-yang, símbolo das diferenças que se completam entre os integrantes da banda.

Os compositores Alexandre Azuma, André Dias, Douglas Thá Jr. e Saulo Albach se encontravam com frequência no Festival da Canção Espírita de Franca-SP (Fecef), mas nunca haviam produzido juntos. Após algumas parcerias no palco, no mesmo festival, em 1996, resolveram montar a banda Alma Sonora, um projeto musical que mescla MPB, rock, reggae e música instrumental com a temática positiva e espiritualista.

"Nas nossas letras procuramos falar de coisas positivas, não reclamar do mundo, mas mostrar que um amanhã melhor é possível", diz o percussionista e violonista Alexandre Azuma. "Mas, sem virar a cara pra realidade, também fazemos crítica social em algumas canções", complementa o vocalista André Dias.

A primeira apresentação ao público veio só no ano seguinte e a partir daí o grupo participou de diversos festivais de música popular pelo país. "Os festivais foram muito importantes pra nossa carreira, para levar o Alma ao conhecimento do público", relata Azuma que conta terem conquistado várias premiações em festivais pelo país.

Apesar de conhecidos e premiados, reclamam da falta de espaço para tocar na capital. "Tem muita coisa na música curitibana, do pop ao erudito, mas parece que Curitiba não consome Curitiba", diz Dias. "Mas isso tem melhorado com o espaço para música autoral e independente nas rádios educativas, por exemplo", rebate Azuma.

Produzir música entre quatro compositores é também um grande desafio criativo, comentam os músicos. O Alma Sonora se declara uma banda de nova MPB com influências de rock, bossa nova, samba, funk, blues e jazz vindas de seus integrantes."Cada um tem um gosto e referência musical própria", afirma o vocalista Dias, que já tocou em uma banda de blues. "Eu e o Saulo bebemos mais da MPB mineira e da música instrumental brasileira, o Douglas já tem mais contato com o pop e o André escuta de Mozart até Kiss", brinca o percussionista Azuma.

Independência

O tempo de espera entre a gravação de um CD para o outro não foi para deixar o público ansioso, tampouco excentricidade da banda. Passaram-se sete anos entre Alma Sonora, de 2002, e Segundo, lançado este mês. "Se tivéssemos dinheiro e tempo hábil pra gravar tudo o que temos já teríamos mais de 50 músicas gravadas", comenta Douglas Thá, guitarrista da banda.

O lançamento de Segundo, o novo disco do grupo aconteceu junto com a comemoração dos dez anos da banda, nos dias 18 e 19 deste mês, no Teatro do HSBC, com as duas apresentações lotadas."Foi uma grande felicidade pra gente ver o teatro cheio. Foi a primeira apresentação este ano", diz Azuma revelando que o disco ficou pronto só na sexta-feira anterior ao show.

"As músicas falam sobre as coisas do mundo, do tempo e do amor" conta Thá, explicando que a maioria das composições são novas e tiveram também a participação do ex-tecladista da banda, Daniel Nocera, atualmente radicado nos Estados Unidos e produziu alguns arranjos à distância, além da produção de Bruno Gomes, que já havia participado no primeiro álbum.

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