Os estilistas de hoje em dia mudam de estilo rápido demais, em parte por causa do sistema de duas coleções anuais que dificulta a criação de modelos que durem anos, disse o estilista Pierre Cardin nesta terça-feira.
O experiente mestre da moda francesa, de 88 anos, está em Tóquio para um desfile copatrocinado por uma loja de departamentos japonesa, e disse também que agora o mercado é muito mais difícil para os estilistas do que quando ele começou no negócio, há cerca de 60 anos.
"Depois da guerra, havia muito poucos estilistas. Agora existem tantos pelo mundo, em cada país. É impossível mudar a moda a cada ano, a cada seis meses", disse ele em entrevista coletiva de imprensa.
"Existem diversas criações que são muito bonitas, loucas, fantásticas aos olhos, mas não estão fazendo a moda para amanhã. Você pode ver em qualquer lugar... mas quatro ou cinco anos depois, não há moda."
Cardin também disse que quando ele lançou sua própria marca, em 1950, disseram-lhe que o que estava fazendo era "impossível" e, por isso, apenas a crença em si mesmo e a obsessão o fizeram continuar.
"Na época me disseram que tentar fazer o que eu fazia era como tentar andar na lua -- impossível. Era minha estratégia acreditar que um dia um homem sobe", disse ele.
"Meu trabalho é como um vício. É por isso que eu consegui fazer isso por tanto tempo."
Cardin se tornou um nome conhecido em produtos pelo mundo desde vestimentas a relógios despertadores. Ele foi o primeiro estilista ocidental a entrar no alto mercado da moda japonesa no final dos anos 1950 e depois na China comunista, em 1975.
O estilista foi expulso da Chambre Syndicale -- a entidade que monitora a alta costura em Paris -- por lançar uma coleção prêt-à-porter em 1959, mas foi logo reintegrado.
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